terça-feira, 21 de abril de 2015

Caminhoneiros prometem paralisação na quinta se governo não atender pedidos

Representantes da categoria vão se reunir com Miguel Rossetto nesta quarta

Caminhoneiros prometem paralisação na quinta se governo não atender pedidos | Foto: Tarsila Pereira / CP Memória
   Caminhoneiros prometem paralisação na quinta se governo não atender pedidos | Foto: Tarsila Pereira / CP Memória

Os caminhoneiros vão parar novamente nesta quinta-feira caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal. Nesta terça terminou o prazo pedido pelo governo para um entendimento com o setor de cargas e conceder a principal exigência dos caminhoneiros: a tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Os representantes da categoria alertam para o risco de greve geral, caso não seja fechado acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, na reunião desta quarta.

Para o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), relator da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento dos caminhoneiros, a situação econômica do país em relação ao transporte de cargas piorou nas últimas semanas: “Se não houver resposta aos pedidos, eles vão parar. Será um problema enorme para a economia do Brasil”.

O parlamentar aponta que com a diminuição da demanda de frete, a crise agravou. A única coisa que salva é a safra de grãos, mantendo minimamente viável o transporte de cargas. Mas, em poucas semanas, também irá terminar. “Então, a crise voltará com mais força, pois o governo, até agora, não tomou nenhuma medida concreta para ajudar a resolver as questões dos caminhoneiros e permitir que enfrentem suas dificuldades”, salientou.

Conforme Terra, o governo já deveria ter anunciado a abertura do crédito especial de R$ 50 mil, com juros de 2% ao ano, destinado aos caminhoneiros autônomos. Medida que, segundo ele, daria “fôlego” para os trabalhadores pagarem as dívidas em um contexto econômico desfavorável, com o aumento do diesel e queda no preço dos fretes.

Terra reclama que o caminhoneiro tem que pagar para andar, o frete não vale a viagem, o custo que tem não compensa sair de casa e o frete é baixo. “Precisamos de respostas que ajudem não só a enfrentar e melhorar as condições de frete, como a diminuir os custos dos caminhoneiros”, frisou. 

Segundo ele, enquanto o governo não enfrentar as questões do óleo diesel, nem permitir um crédito especial para rolagem das dívidas, ou oficializar o prazo de carência dos empréstimos e não tiver o preço mínimo de frete, será difícil convencer a categoria a continuar trabalhando.


Fonte: Correio do Povo

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