Lotes foram encaminhados para as 12 cidades-sede da Copa do
Mundo
Principal objetivo das remessas foi a dispersão
de multidões em protestos
Foto: Marcello Casal Jr. / CP Memória / CP
O Rio Grande do Sul recebeu mais de R$ 5 milhões
em armas não letais, como são chamadas bombas de gás lacrimogêneo e spray de
pimenta, entre outros itens para dispersão de multidões em protestos. O
material foi repassado às 12 cidades-sede da Copa do Mundo pela Secretaria
Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, ligada ao Ministério da
Justiça. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Correio do Povo pela Lei de Acesso à Informação.
O Rio Grande do Sul ficou de fora de uma remessa emergencial de sete itens, que ocorreu entre 2012 e 2014. Esse lote foi encaminhado a partir de junho de 2013, em meio aos principais protestos contra a organização da Copa. Cinco cidades-sede receberam as unidades, além de Porto Alegre: Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Rio e São Paulo.
O gasto para o RS corresponde a 7,19% do total, o que coloca o Estado na sexta posição. São Paulo fica na primeira e abocanhou R$ 9.932 milhões, o equivalente 14.22% do montante. Depois vêm o Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte. Mas o RS desbanca cidades como Brasília e Curitiba, que têm população superior a Porto Alegre. Chama a atenção que 22,39% do valor gasto para o Rio Grande do Sul, equivalente a R$ 1.126.568,75, foi destinado à compra de granadas e munições que continham gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
A maior parte dos mais de R$ 5 milhões do lote gaúcho foi para kits operacionais de longas e curtas distâncias. Ao todo, foram desembolsados R$ 2.331.688,80 nos dois modelos, 46,40% do total. Os kits têm cartuchos para armas elétricas, granadas de efeito moral, de luz e som, lacrimogêneas, gás de pimenta, balas de borracha, projéteis de impacto controlado e lançadores de munição.
No total de itens, a Polícia gaúcha fica na sétima posição, com 16.640 unidades, 6,4% do total. São Paulo fica na primeira posição, com 38.896 unidades.
Números
• A primeira remessa, com nove itens, foi encaminhada ao Estado a partir de novembro de 2012, quando foi assinado o contrato com a fornecedora: a Condor Indústria Química. Foram encaminhadas 7.406 unidades, a R$ 3.842.725,25.
• O segundo repasse para o Estado começou a chegar a partir de maio de 2014, com 13 itens. Ao todo, foram 9.234 unidades orçadas em R$ 1.181.555,10.
• A compra de 259.286 armas não letais para as 12 cidades-sedes custou R$ 69,821 milhões.
O Rio Grande do Sul ficou de fora de uma remessa emergencial de sete itens, que ocorreu entre 2012 e 2014. Esse lote foi encaminhado a partir de junho de 2013, em meio aos principais protestos contra a organização da Copa. Cinco cidades-sede receberam as unidades, além de Porto Alegre: Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Rio e São Paulo.
O gasto para o RS corresponde a 7,19% do total, o que coloca o Estado na sexta posição. São Paulo fica na primeira e abocanhou R$ 9.932 milhões, o equivalente 14.22% do montante. Depois vêm o Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte. Mas o RS desbanca cidades como Brasília e Curitiba, que têm população superior a Porto Alegre. Chama a atenção que 22,39% do valor gasto para o Rio Grande do Sul, equivalente a R$ 1.126.568,75, foi destinado à compra de granadas e munições que continham gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
A maior parte dos mais de R$ 5 milhões do lote gaúcho foi para kits operacionais de longas e curtas distâncias. Ao todo, foram desembolsados R$ 2.331.688,80 nos dois modelos, 46,40% do total. Os kits têm cartuchos para armas elétricas, granadas de efeito moral, de luz e som, lacrimogêneas, gás de pimenta, balas de borracha, projéteis de impacto controlado e lançadores de munição.
No total de itens, a Polícia gaúcha fica na sétima posição, com 16.640 unidades, 6,4% do total. São Paulo fica na primeira posição, com 38.896 unidades.
Números
• A primeira remessa, com nove itens, foi encaminhada ao Estado a partir de novembro de 2012, quando foi assinado o contrato com a fornecedora: a Condor Indústria Química. Foram encaminhadas 7.406 unidades, a R$ 3.842.725,25.
• O segundo repasse para o Estado começou a chegar a partir de maio de 2014, com 13 itens. Ao todo, foram 9.234 unidades orçadas em R$ 1.181.555,10.
• A compra de 259.286 armas não letais para as 12 cidades-sedes custou R$ 69,821 milhões.
Hygino Vasconcellos
Correio do Povo
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