Lideranças no RS desaprovam voto favorável à terceirização
total no país
Pompeo disse que teria votado contra projeto da
terceirização | Foto: Samuel Maciel / CP Memória
Causou estranheza em lideranças pedetistas a
postura dos deputados federais gaúchos do partido que votaram a favor da lei da
terceirização. Descontentes, deputados estaduais levaram o tema à executiva
nacional da legenda, que debaterá possíveis desdobramentos no dia 15 de maio,
em reunião no Rio de Janeiro.
Giovani Cherini e Afonso Motta foram os deputados gaúchos do PDT que votaram favoráveis, dia 8 de abril, à lei que abre as terceirizações para todas as atividades no país. O terceiro membro da bancada e presidente estadual da sigla, Pompeo de Mattos, não participou da sessão que votou o texto-base da lei.
“Ficamos muito surpresos com a votação dos dois deputados e a ausência do Pompeo. Na Assembleia me manifestei preocupado com a nova lei, que vai contra os princípios do trabalhismo. Na terceirização há uma exploração do trabalhador, não é um caminho correto”, afirmou o líder da bancada do PDT na Assembleia, Diógenes Basegio.
“O partido tem que tomar uma posição, definir qual postura temos neste assunto. O trabalhismo é a essência do PDT. Não entendo o que aconteceu. Como dois deputados gaúchos votaram para aprovar essa lei”, criticou o deputado estadual Enio Bacci. Assim como Basegio, Bacci também foi à tribuna da Assembleia durante a última semana para cobrar outro comportamento da bancada federal. “Qualquer flexibilização fragiliza a CLT (Consolidação das Lei Trabalhistas). Aprovar a terceirização da atividade fim será absurdo. Essa é bandeira (do trabalhismo) que construimos a duras penas, nada justifica aprovarmos isso”, completou Bacci. O ex-governador Alceu Collares lamentou a situação: “Sempre fui completamente contra”.
Pompeo tentou justificar a ação dos colegas, mas disse que se estive presente teria votado contra. “Num primeiro momento, a ideia é valorizar os terceirizados, hoje 12 milhões de pessoas.”
Lasier afirma que votará contra a terceirização
O senador Lasier Martins (PDT) evitou criticar os colegas de partido mas afirmou que no Senado os pedetistas terão outra posição. Segundo ele, dos seis senadores da legenda, quatro já definiram o voto contra a proposta, que seguirá para a Casa Legislativa após concluir a tramitação na Câmara dos Deputados. “Vou votar contra. Percebo que pelos movimentos de protesto e pelas redes sociais, tem muito deputado que se arrependeu de ter aprovado a lei”, comentou Lasier.
Para o senador, exemplos de países que adotaram a terceirização mostram que a prática não seria boa para o Brasil. “A conclusão que tivemos é que, de fato, a terceirização reduz os direitos dos trabalhadores. Na Alemanha houve precarização do trabalho”, adverte. Lasier afirma ainda que o PDT não pode ter posição diferente. “Temos que respeitar a luta de Alberto Pasqualini, que estruturou o partido e seria certamente contra se estive vivo.”
Giovani Cherini e Afonso Motta foram os deputados gaúchos do PDT que votaram favoráveis, dia 8 de abril, à lei que abre as terceirizações para todas as atividades no país. O terceiro membro da bancada e presidente estadual da sigla, Pompeo de Mattos, não participou da sessão que votou o texto-base da lei.
“Ficamos muito surpresos com a votação dos dois deputados e a ausência do Pompeo. Na Assembleia me manifestei preocupado com a nova lei, que vai contra os princípios do trabalhismo. Na terceirização há uma exploração do trabalhador, não é um caminho correto”, afirmou o líder da bancada do PDT na Assembleia, Diógenes Basegio.
“O partido tem que tomar uma posição, definir qual postura temos neste assunto. O trabalhismo é a essência do PDT. Não entendo o que aconteceu. Como dois deputados gaúchos votaram para aprovar essa lei”, criticou o deputado estadual Enio Bacci. Assim como Basegio, Bacci também foi à tribuna da Assembleia durante a última semana para cobrar outro comportamento da bancada federal. “Qualquer flexibilização fragiliza a CLT (Consolidação das Lei Trabalhistas). Aprovar a terceirização da atividade fim será absurdo. Essa é bandeira (do trabalhismo) que construimos a duras penas, nada justifica aprovarmos isso”, completou Bacci. O ex-governador Alceu Collares lamentou a situação: “Sempre fui completamente contra”.
Pompeo tentou justificar a ação dos colegas, mas disse que se estive presente teria votado contra. “Num primeiro momento, a ideia é valorizar os terceirizados, hoje 12 milhões de pessoas.”
Lasier afirma que votará contra a terceirização
O senador Lasier Martins (PDT) evitou criticar os colegas de partido mas afirmou que no Senado os pedetistas terão outra posição. Segundo ele, dos seis senadores da legenda, quatro já definiram o voto contra a proposta, que seguirá para a Casa Legislativa após concluir a tramitação na Câmara dos Deputados. “Vou votar contra. Percebo que pelos movimentos de protesto e pelas redes sociais, tem muito deputado que se arrependeu de ter aprovado a lei”, comentou Lasier.
Para o senador, exemplos de países que adotaram a terceirização mostram que a prática não seria boa para o Brasil. “A conclusão que tivemos é que, de fato, a terceirização reduz os direitos dos trabalhadores. Na Alemanha houve precarização do trabalho”, adverte. Lasier afirma ainda que o PDT não pode ter posição diferente. “Temos que respeitar a luta de Alberto Pasqualini, que estruturou o partido e seria certamente contra se estive vivo.”
Iuri Ramos
Correio do Povo
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