Fotos mostram situação de irregularidades nas
obras nem inauguradas do prédio que já custa mais de R$ 1,5 milhão
Havia duas semanas Folha
Cidade teve acesso ao interior do novo prédio da Câmara de Vereadores de
Horizontina, que já supera todas as previsões iniciais acerca do prazo de sua
inauguração e do valor investido. O montante a ser gasto segue uma incógnita e
poderá ser muito maior que o oficialmente informado até agora.
O prédio se encontra em
estágio de obras desde 2010/2011 e segundo o atual presidente Alessandro dos
Santos (PTB) falta agora a 4ª etapa que será para conclusão e correção de
reforço estrutural, extraoficialmente apontado como “de risco” por laudo de uma
empresa de engenharia especializada. As cadeiras do plenário encontram-se
armazenadas no local, algumas instaladas e outras cobertas por lonas pretas.
Parte das ligações
elétricas ainda está por fazer, partes do forro estão soltando parte do gesso,
revestimento apresenta descolamento, goteiras, garagem subterrânea não permite
acesso para cadeirante (sem elevador), reboco interno inacabado e como se não
bastasse, a incerteza quanto à condição estrutural do prédio no que tange a
sustentação de pilares na parte que compreende o auditório do plenário.
Nossa reportagem apurou
extraoficialmente que as obras já teriam consumido mais de R$ 1,3 milhão.
Efetivamente pagos os valores empenhados de obras atingem R$ 1.309.000,00.
Somam-se mais os R$ 200.000,00 desembolsados para comprar a área em 2006 e
outros R$ 29 mil pagos no inicio de junho de 2014 por um laudo de engenharia
que teria posto em cheque as condições estruturais do prédio, mas que não foi
divulgado pela mesa diretora da casa.
O atual Presidente
Alessandro Rafael dos Santos afirmou na última segunda-feira (11), que sua
gestão quase nada investiu no prédio, exceto a contratação da equipe para
avaliação técnica (R$ 29 mil) e o residual referente à aquisição de algum
mobiliário.
Segundo ele em poucos
dias pretende divulgar as ações de correção e antecipadamente isentou de
culpabilidade a empresa construtora. Conforme Alessandro, as dúvidas quanto aos
pilares de sustentação teriam sido apontadas após constatar falhas no projeto
técnico. “-A empresa não fez mais pilares porque não estavam previstos no
projeto, foi uma falha técnica e de engenharia”, disse.
O prédio da nova Câmara
está concebido desde 2009 e encontra-se em obras desde 2011. “-Podem falar,
podem dizer que o presidente está omitindo informações, não tem problema, é
melhor ser acusada a morosidade agora do que depois à culpa porque o prédio
caiu” disse o edil.
O presidente
garante que contratou uma empresa que possui engenheiro de sua confiança e
que sua missão agora é zelar pela segurança das pessoas e do recurso público.
Ele não deu datas para a licitação final nem para inauguração do prédio.
Fonte/Fotos:
Jornal Folha Cidade
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