Toda vez que uma tragédia como a de Santa
Maria acontece, chocando o mundo, os responsáveis logo falam em fatalidade.
E os laudos
falam em sistemas de segurança inadequados ou vencidos.
Há sempre um
alvará caduco, um extintor que não funciona, saídas de emergência inexistentes
ou trancadas, sinalização deficiente, excesso de pessoas no recinto,
procedimentos incorretos e improvisação.
Como usar um
sinalizador num ambiente forrado como uma espuma protetora acústica altamente
inflamável e capaz de liberar fumaça tóxica?
Os
proprietários não sabiam que a banda usaria o sinalizador?
Não sabiam da
espuma inflamável no teto?
Não houve uma
reunião prévia para falar disso?
A fatalidade
tem outro nome: negligência.
A negligência
tem uma consequência: responsabilidade.
Fonte:
Juremir Machado da Silva / Correio do Povo
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