Dilma anunciou que, a partir desta
quinta, 24, a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as
residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços /
Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil
A presidente
Dilma Rousseff disse nessa quarta, dia 23, em pronunciamento em rede nacional
de rádio e televisão, que o Brasil tem energia suficiente para o presente e
para o futuro, “sem nenhum risco de racionamento ou qualquer tipo de
estrangulamento, no curto, médio ou no longo prazo”. Dilma anunciou que, a
partir desta quinta, 24, a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18%
para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e
serviços. O corte é maior do que o anunciado em setembro do ano
passado.
– Com a redução de tarifas, o Brasil
passa a viver uma situação especial no setor elétrico, ao mesmo tempo baixando
o custo da energia e aumentando sua produção elétrica – disse Dilma.
Ela assinou um
decreto e uma medida provisória com os novos índices de redução das tarifas.
Segundo a presidente, os consumidores que são atendidos pelas concessionárias
que não aderiram à prorrogação dos contratos (Companhia Energética de São Paulo
- Cesp, Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig e Companhia Paranaense de
Energia - Copel) também terão a conta de luz reduzida.
Dilma criticou
duramente as previsões sobre a possibilidade de racionamento de energia por
causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Ela explicou que
praticamente todos os anos as usinas térmicas, movidas a gás natural, óleo
diesel, carvão ou biomassa, são acionadas com menor ou maior exigência para
garantir o suprimento de energia do país. Segundo a presidente, isso é “usual,
normal, seguro e correto”.
– Surpreende
que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou outro motivo, tenham
feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as
térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões
fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava.
E agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas –
explicou.
Ela disse
ainda que o país irá dobrar em 15 anos a capacidade instalada de energia
elétrica, que hoje é 121 mil megawatts. Segundo Dilma, no ano passado, o país
colocou em operação quatro mil megawatts e 2,7 mil quilômetros de linhas de
transmissão e, este ano, deve colocar mais 8,5 mil megawatts de energia e 7,5
mil quilômetros de novas linhas.
– Temos
contratada toda a energia que o Brasil precisa para crescer e, bem, neste e nos
próximos anos – avaliou, e completou que o sistema elétrico brasileiro é um dos
mais seguro do mundo porque trabalha com fontes diversas de produção de
energia, o que não ocorre na maioria dos países.
Durante o
pronunciamento, a presidente também criticou os que, segundo ela, “são sempre
do contra”, e não acreditavam que o governo conseguiria baixar os juros,
aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza.
– Somente construiremos
um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no
Brasil acima dos nossos interesses políticos e pessoais – concluiu.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
RURALBR
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