terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Fábricas de chocolate de Gramado enfrentam falta de mão de obra

Empresas oferecem treinamento e apostam na Páscoa, período que representa 80% do faturamento do setor

   Falta mão de obra nas fábricas de chocolate de Gramado
   Crédito: Halder Ramos / Especial CP

     O período de contratações temporárias da Páscoa está aberto. No entanto, os fabricantes de chocolate caseiro de Gramado enfrentam um problema recorrente na temporada: a falta de mão de obra. Para atrair trabalhadores, as empresas oferecem treinamento. “Não existe mão de obra especializada no setor. Estamos encontrando dificuldades para contratar. Estamos selecionando funcionários e investindo em treinamento e formação aqui dentro da empresa. Contamos com uma equipe de colaboradores com grande potencial. Muitos aptos a se tornarem grandes profissionais do ramo”, afirma Ezequiel Dias de Lima, da Chocolate Gramadense. Segundo ele, o período representa 80% do faturamento anual da empresa.

     O setor deve ultrapassar a marca de 1,2 toneladas de chocolate produzidos em 2013. 
Conforme estimativa da Associação dos Chocolateiros de Gramado (Achoco), a produção terá um acréscimo de 10% em relação ao ano anterior. “Apesar de a Páscoa ser celebrada mais cedo, concretizamos novamente as parcerias com nossos clientes e notamos que em quase todos os casos houve um incremento em relação ao ano passado. Esperamos que mais perto da data haja um acréscimo no volume de compras”, diz Lima.


     De acordo com o empresário, os salários médios para iniciantes variam entre R$ 700,00 e R$ 800,00, com direito a vale-transporte, alimentação e bônus. “Depende da função. Em caso de admissão, o funcionário tem vencimentos maiores. Com a aprendizagem, os salários podem ter reajustes graduais dependendo do próprio colaborador”, frisa.

     O problema da falta de mão de obra atinge as 17 fábricas de chocolate do município. Segundo Joel Arnold, do Chocolate Vienna, a busca por cinco funcionários durou três meses. “Preenchemos momentaneamente as vagas. Se quisermos aumentar a produção, precisaremos de mais funcionários”, prevê. 

Fonte: Halder Ramos / Correio do Povo

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