Compras poderão ser antecipadas para
o primeiro semestre, quando a demanda pelo insumo é menor
Foto: AP Photo/Gosia Wozniacka
O setor de fertilizantes tem
expectativa de crescimento de mais de 4% neste ano, podendo chegar a venda de
30,5 milhões de toneladas, conforme dados de consultorias. A maior
capitalização do produtor rural e a elevação dos das commodities são
fatores que estimulam o segmento. Mais compras poderão ser antecipadas para o
primeiro semestre, quando a demanda pelo insumo é menor.
– Se tudo se concretizar da forma como se espera, se as variáveis de 2012 mantiverem-se, teremos chance de ter mais um recorde setorial – aponta o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda),Davi Roquetti Filho.
Com aumento de área cultivada, a soja deve liderar a produção de adubo neste ano. De forma geral, no primeiro semestre, as vendas correspondem a 35% do total. Mas este quadro vem se alterando e mais fertilizantes têm sido adquiridos no período. O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil), Carlos Florence, acredita que o agricultor possa antecipar ainda mais as compras.
– Uma que hoje você tem uma safrinha muito mais intensa. Tem também a cultura da cana, que consome muito fertilizante no primeiro semestre, e o terceiro é um problema de infraestrutura, que é a mesma de 10, 15 anos atrás. É cada vez mais difícil atender toda essa demanda no último momento – considera.
Em culturas como soja e milho, por exemplo, o produto está mais caro em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2012, um composto para a soja custava em média R$ 933,00 por tonelada, agora está a R$ 1,05 mil. Para o milho, o preço passou de R$ 1,12 mil para R$ 1,19 por tonelada. Mas o agricultor está precisando comprometer menos produção. Na soja, a relação de troca estava em 22,8 sacas para uma tonelada no início de 2012, agora está em 18,2. No milho, passou de 44,2 sacas para 41,7 na mesma comparação.
– O produtor não pode perder essa oportunidade, visto que você tem uma perspectiva de queda no preço da soja no mercado internacional. Na América do Sul, no Cone Sul, você tem a expectativa de uma produção muito avantajada e isso é sinal de queda de preço. Se o preço do fertilizante não seguir a mesma tônica, você acaba perdendo a oportunidade de obter uma boa relação de troca – indica o analista de mercado da Informa Economics, Aedson Pereira.
Outro fator importante dessa conta é o câmbio. O dólar comercial iniciou 2013 na casa dos R$ 2,04. Nesta semana, a cotação chegou a R$ 1,98, o que não acontecia desde maio do ano passado. A queda do dólar normalmente é positiva quando se trata de fertilizantes porque o Brasil é dependente de importações. O dólar mais baixo torna mais baratas as compras do exterior.
Na avaliação da indústria de fertilizantes, porém, a situação do câmbio é uma incerteza. Repassar uma eventual redução de custos para o agricultor é uma possibilidade, mas ela não depende apenas da cotação do dólar.
– Depende de cada empresa, de cada momento que efetuou a compra e o volume de estoque de cada uma e, especialmente, do tempo de manutenção dessa paridade do câmbio – afirma o diretor-executivo da Anda.
– O preço no mercado internacional, no caso do nitrogenado, oscila muito, mas os outros produtos, como cloretos e fosfatados, estão estáveis – aponta Florence.
– Se tudo se concretizar da forma como se espera, se as variáveis de 2012 mantiverem-se, teremos chance de ter mais um recorde setorial – aponta o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda),Davi Roquetti Filho.
Com aumento de área cultivada, a soja deve liderar a produção de adubo neste ano. De forma geral, no primeiro semestre, as vendas correspondem a 35% do total. Mas este quadro vem se alterando e mais fertilizantes têm sido adquiridos no período. O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil), Carlos Florence, acredita que o agricultor possa antecipar ainda mais as compras.
– Uma que hoje você tem uma safrinha muito mais intensa. Tem também a cultura da cana, que consome muito fertilizante no primeiro semestre, e o terceiro é um problema de infraestrutura, que é a mesma de 10, 15 anos atrás. É cada vez mais difícil atender toda essa demanda no último momento – considera.
Em culturas como soja e milho, por exemplo, o produto está mais caro em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2012, um composto para a soja custava em média R$ 933,00 por tonelada, agora está a R$ 1,05 mil. Para o milho, o preço passou de R$ 1,12 mil para R$ 1,19 por tonelada. Mas o agricultor está precisando comprometer menos produção. Na soja, a relação de troca estava em 22,8 sacas para uma tonelada no início de 2012, agora está em 18,2. No milho, passou de 44,2 sacas para 41,7 na mesma comparação.
– O produtor não pode perder essa oportunidade, visto que você tem uma perspectiva de queda no preço da soja no mercado internacional. Na América do Sul, no Cone Sul, você tem a expectativa de uma produção muito avantajada e isso é sinal de queda de preço. Se o preço do fertilizante não seguir a mesma tônica, você acaba perdendo a oportunidade de obter uma boa relação de troca – indica o analista de mercado da Informa Economics, Aedson Pereira.
Outro fator importante dessa conta é o câmbio. O dólar comercial iniciou 2013 na casa dos R$ 2,04. Nesta semana, a cotação chegou a R$ 1,98, o que não acontecia desde maio do ano passado. A queda do dólar normalmente é positiva quando se trata de fertilizantes porque o Brasil é dependente de importações. O dólar mais baixo torna mais baratas as compras do exterior.
Na avaliação da indústria de fertilizantes, porém, a situação do câmbio é uma incerteza. Repassar uma eventual redução de custos para o agricultor é uma possibilidade, mas ela não depende apenas da cotação do dólar.
– Depende de cada empresa, de cada momento que efetuou a compra e o volume de estoque de cada uma e, especialmente, do tempo de manutenção dessa paridade do câmbio – afirma o diretor-executivo da Anda.
– O preço no mercado internacional, no caso do nitrogenado, oscila muito, mas os outros produtos, como cloretos e fosfatados, estão estáveis – aponta Florence.
Fonte: CANAL
RURAL
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