José Eduardo Cardozo destacou a
importância da participação das prefeituras na implementação de políticas de
combate ao crack, principalmente na recuperação dos espaços degradados
utilizados para consumo da droga, as cracolândias.
"É justamente essa a ideia do
programa: estarmos juntos dando mais autoridade através do combate aos traficantes,
tratamento de saúde aos usuários, uma reinserção social para que se recuperem
aqueles que são dependentes químicos."
O prefeito da cidade piauiense de Landri
Sales, Aurélio Sá, lamentou que em seu município, de apenas seis mil
habitantes, o crack e outras drogas estejam atraindo jovens e até crianças que
ainda não contam com nenhum serviço de apoio e tratamento. Ele garantiu que vai
aderir ao programa para combater o crack e outras drogas.
"Essa questão do crack vai ser
inserida no nosso município através da secretaria de assistência social. Vamos
trabalhar no programa de divulgação de como evitar o envolvimento da juventude
com esse problema."
Outro prefeito que está preocupado com o
aumento no consumo de drogas em sua cidade é Orlando Neto, eleito pela quarta
vez prefeito de Brotas, no estado de São Paulo. Ele afirmou que vai implementar
uma guerra contra a droga que tem se alastrado na população de 22 mil
habitantes. Orlando Neto defendeu a união das autoridades municipais para o
combate ao crack.
"Primeiro, a união das autoridades
municipais: o juiz, o promotor, polícia civil, polícia militar, guarda
municipal, fiscalização, conselho tutelar junto à secretaria da educação, da
ação social e da saúde. Nós temos que fazer um exército de autoridades e agentes
políticos para não deixar nem uma válvula de escape."
Em relação à internação compulsória, os
prefeitos concordam que ela, às vezes, é necessária, mas antes é preciso montar
uma estrutura de atendimento adequada para esses usuários. Dados do Instituto
Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, da
Universidade Federal de São Paulo, mostram que em 2011 o crack e a cocaína
foram consumidos por quase três milhões de pessoas no Brasil.
Fonte:
De Brasília, Karla Alessandra | CÂMARA
DOS DEPUTADOS
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