segunda-feira, 19 de março de 2012

Quase 90% das rodoviárias gaúchas podem ter nova gestão até o final do ano

 
Imagem da Estação Rodoviária de Ijuí, cuja licitação está incluída no 2º lote de editais da Seinfra. A Rodoviária de Ijuí é considerada de 1ª categoria por ter renda superior a R$ 21 mil por mês. No edital está incluso a possibilidade da mudança de local e construção de nova rodoviária, sendo que este tema agora ganha projeção no município já que vem sendo debatido há mais tempo. Foto: Pablo Schössler


     Elas foram sinônimos de desenvolvimento para muitos municípios gaúchos, que cresceram no seu entorno. Agora, as estações rodoviárias do Estado iniciam um processo de renovação. Das 326 existentes, 282 (86%) entram em licitação para novas administrações até o final deste mês.

     A expectativa é de que o processo deflagrado em razão de irregularidades apontadas por uma força-tarefa que investigou o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) melhore o atendimento aos usuários, que, só no ano passado, compraram 55 milhões de passagens.

     O número de bilhetes comercializados em 2011 corresponde a mais de cinco vezes a quantidade de habitantes do Rio Grande do Sul. Segundo o Daer, no entanto, muitas das rodoviárias estão sem as mínimas condições de atender esses usuários.

     — Muitas estações têm estruturas precárias, outras não têm nenhuma gestão — afirma o diretor de transportes rodoviários do Daer, Saul Sastre.

     Conforme o departamento, os contratos de todos os 282 controladores são considerados irregulares. Além disso, administrações em 78 municípios estão sendo contestadas judicialmente a partir de denúncias do Ministério Público.

     — Não havia como esperar mais — observa Sastre.

     De acordo com o Daer, algumas rodoviárias são administradas pela mesma família desde a década de 1940 e nunca passaram por um processo licitatório. As mudanças devem começar a ser notadas quando os contratos entrarem em vigor, o que deve acontecer até o final do ano.

     As licitações preveem investimentos em novos prédios em alguns casos. Em outros, a estrutura usada atualmente deve passar por reformas. Os atuais concessionários poderão participar da concorrência.

Fonte: Álisson Coelho - ZH/Região Celeiro

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