segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Vou pedir desculpas de que, se estou certo?", diz deputado Sérgio Moraes sobre agressão

Confusão só não foi maior porque Moraes (E) tropeçou, caiu, e os dois foram afastados - Divulgação

     Mesmo com a toda repercussão do tapa que deu no colega Ronaldo Santini durante encontro do PTB, ocorrido sábado, na Capital, o deputado Sérgio Moraes (PTB) não pensa em pedir desculpas. 
     Embora diga que esteja com "vergonha" pelo que aconteceu, diz que foi um "ato extremo" diante de um descontentamento crescente com a forma de ocupação de cargos no governo pelo partido. Negando interesse pessoal nas vagas, critica o "grupinho" de dentro do partido que concentra as indicações, sem partilha das informações com os demais. 
     — Eu nunca quis cargos no governo, nunca pedi cargos, nunca nomeei. Sempre exigi cargos técnicos, decididos pelo partido, e não uma listinha de amigos, como é hoje — diz.
     Confira um trecho da entrevista feita por telefone em que fala sobre o episódio
     (Leia mais sobre a briga na página 10 de Zero Hora desta segunda-feira). 

Zero Hora: O senhor se arrepende do que aconteceu? 

Sérgio Moraes: Eu fiquei com vergonha porque aquilo foi um ato extremo, até para mostrar para o resto, até para identificar quem é a máfia lá dentro do partido, e que agora estão posando de santinhos. Mas o que ele me disse ao pé do ouvido... É lógico que ele me disse coisas fortes. Eu não ia do nada ir lá e fazer isso. É lógico que eu fui ofendido. E isso a imprensa parece que não quer entender. 

Zero Hora: É que, com o tapa, a atenção ficou concentrada na agressão. 

Moraes:  Na verdade não chegou a ser um tapa, eu caí antes disso. 

Zero Hora: Mas o senhor chegou a encostar nele. 

Moraes: Eu acho que não chegou a pegar. Se fosse pensar, eu poderia ter dado um soco nele, não um tapinha. Senão, eu tinha dado um socão nele. Eu não quero cargo nenhum, queria saber quem foi indicado, eporquê. 

Zero Hora: O senhor não pretende pedir desculpas? 

Moraes: Quem tem de pedir desculpas é ele. Eu fui aplaudido por todo o partido durante o meu discurso. Vou pedir desculpas de que, se estou certo, e sendo aplaudido pelo partido todo? Vou pedir desculpas para quem está errado? E aí vem com essa conversinha da paz? Aí é o fim do mundo.

Fonte: ZERO HORA

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