Deborah Blando: Síndrome do Pânico, depressão e bipolaridade foram alguns dos diagnósticos dado à cantora
Era uma vez uma menininha italiana que, aos três anos de idade, ganhou um concurso de música e nunca mais parou de cantar. Ela veio para o Brasil, fez sucesso entre 1991 e 2002, vendendo mais de 5 milhões de discos, só que, de uma hora para outra, sumiu, parou de fazer aquilo de que mais gostava. Resumidamente, essa é a história de Deborah Blando, a loira de olhos muito azuis, 42 anos, que bombou na década de 90 com sucessos como “Innocence” e “Decadance avec Ellegance”, e que agora está ensaiando uma volta aos palcos.
“Meu último grande trabalho de repercussão foi com a trilha de abertura de ‘Chocolate com Pimenta’, em 2003. Depois disso, precisei dar um tempo e me afastar para resolver problemas pessoais”, lembra.
“Meu último grande trabalho de repercussão foi com a trilha de abertura de ‘Chocolate com Pimenta’, em 2003. Depois disso, precisei dar um tempo e me afastar para resolver problemas pessoais”, lembra.
Sete tipos de remédios diferentes
Os problemas pessoais de Deborah começaram em 2005, quando ela foi diagnosticada com Síndrome do Pânico, passou maus momentos tomando remédios muito fortes que a tiraram do seu eixo e a fizeram, inclusive, ter problemas com a voz.
“Foi muito complicado porque uma hora me diagnosticavam com depressão, outra com Síndrome do Pânico, depois me disseram que era bipolar e me enchiam de remédio. Cheguei a tomar sete tipos diferentes de tarja preta, ao mesmo tempo. Acabei me perdendo de mim mesma, não sabia mais quem eu era e virei um robô. Era tanto remédio que minha voz acabou baixando dois tons”, conta ela que, nessa fase, em busca de respostas, acabou misturando remédios, bebida e até algumas drogas.
“Estava completamente perdida, não conseguia estudar, meditar, como fazia, e estava em busca de aceitação. Comecei a andar com pessoas que não tinham nada a ver e a fazer coisas que não combinavam comigo, como ir para a noitada, beber e até experimentar algumas coisas. Admito que experimentei, sim”, conta Deborah calmamente e lembrando que a luz no fim do túnel só apareceu quando ela conheceu uma psicanalista que começou a diagnosticar de fato quais eram seus problemas e a retirar o monte de remédios de sua prescrição.
“Estava completamente perdida, não conseguia estudar, meditar, como fazia, e estava em busca de aceitação. Comecei a andar com pessoas que não tinham nada a ver e a fazer coisas que não combinavam comigo, como ir para a noitada, beber e até experimentar algumas coisas. Admito que experimentei, sim”, conta Deborah calmamente e lembrando que a luz no fim do túnel só apareceu quando ela conheceu uma psicanalista que começou a diagnosticar de fato quais eram seus problemas e a retirar o monte de remédios de sua prescrição.
Emoção na volta aos palcos
“Com a Sandra, minha psicanalista, entendi que passei por um momento de angústia muito grande, que é uma coisa que todo mundo passa na vida, e que o que muda é o modo como cada um lida com ela. Sempre tive uns vazios, que o fato de ter começado muito cedo na carreira não me deixava ver nem entender a causa. Até o momento que não deu mais para segurar e comecei a me sabotar. Também teve o lance de eu ter sido mal diagnosticada e ter piorado tudo”, diz ela que, livre dos problemas, recuperou a vontade de cantar.
O projeto ganhou força com a ajuda de dois amigos fiéis de Florianópolis, onde Deborah mora atualmente. Junto com Alexandre Green e Ricardo Medeiros, ela criou o show “Deborah Blando – Acústico 2011” , que teve sua primeira apresentação no último sábado, 18, em Urussanga, Santa Catarina.
“Foi emocionante. Ante de pisar no palco, deu um medo muito grande. Mas depois veio tudo, a voz, a vontade de cantar. Veio gente do Chile, de São Paulo, do Pará. Foi bacana saber que as pessoas estavam com saudades de mim”, conta ela, que tem ainda o CD “Polares” pronto e inédito para lançar.
“Quero retomar a carreira, sim, mas quero fazer tudo bem devagar, no meu tempo. Não quero encher a agenda de shows, quero ter tempo para meditar, para ir aos meus congressos de budismo. Não abro mão de algumas coisas como ficar em casa, meditar, ter rotina”, diz.
“Foi emocionante. Ante de pisar no palco, deu um medo muito grande. Mas depois veio tudo, a voz, a vontade de cantar. Veio gente do Chile, de São Paulo, do Pará. Foi bacana saber que as pessoas estavam com saudades de mim”, conta ela, que tem ainda o CD “Polares” pronto e inédito para lançar.
“Quero retomar a carreira, sim, mas quero fazer tudo bem devagar, no meu tempo. Não quero encher a agenda de shows, quero ter tempo para meditar, para ir aos meus congressos de budismo. Não abro mão de algumas coisas como ficar em casa, meditar, ter rotina”, diz.
Fonte: Eliane Santos / Do EGO, no Rio
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