“Já tivemos uma experiência avassaladora quando o crack se tornou uma epidemia no Estado, estando presente em 90% dos municípios gaúchos, destruindo vidas e famílias”, enfatizou. O secretário ressaltou que as estimativas apontam para a existência de 60 mil dependentes efetivos do crack no Estado.
A intenção do secretário é evitar que o oxi, aos moldes do que ocorreu com o crack, se popularize. “O vício do crack está presentes em todas as faixas etárias, raças e classes sociais”, frisou. De acordo com a Polícia Civil, o oxi foi apreendido pelo primeira vez no Rio Grande do Sul em 25 de abril, no bairro Rubem Berta, na zona Norte de Porto Alegre. Em maio, foi registrado em Caxias do Sul o primeiro caso suspeito de overdose de oxi, com a intoxicação de uma jovem de 17 anos. Mais barato que o crack, cuja pedra é vendida por R$ 5,00, o oxi estaria sendo comercializado no Estado por R$ 2,00 a unidade. “Trata-se de um entorpecente mais letal e nocivo à saúde do que o crack”, disse.
O secretário destacou que o oxi é resultante da mistura da pasta base da cocaína com outras substâncias, incluindo querosene, gasolina, cal virgem e solvente. “Substâncias infinitamente mais tóxicas do que o bicarbonato de sódio, o amoníaco e a acetona utilizados na fabricação do crack”, comparou. Lembrou que a droga entrou no Brasil pelo Acre e que, atualmente, representa 80% das apreensões de entorpecentes realizadas no Pará.
O psiquiatra Manoel Garcia Junior, professor da Ulbra e membro da Cruz Vermelha, advertiu que se nada for feito, “nós todos pagaremos um preço incalculável”. Segundo ele, não basta apenas reprimir, considerando que a droga “é democrática” e não é usada apenas por jovens. Defende a necessidade de campanhas de conscientização com ênfase para o argumento da rejeição ao oxi e de ações que congreguem prevenção, repressão e tratamento.
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