sábado, 18 de junho de 2011

Começa Marcha da Liberdade na Avenida Paulista

Policiais observam manifestantes antes do início do protesto (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Policiais observam manifestantes antes do início do protesto (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
     Começou por volta das 16h10 deste sábado (18) a Marcha da Liberdade, que irá percorrer a Avenida Paulista, em São Paulo. Os manifestantes deixaram o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e ocupavam três faixas da via, no sentido Consolação. Por volta das 16h30, a Polícia Militar disse que entre 2 mil e 2,5 mil pessoas participavam da caminhada.
     Segundo a organização, a manifestação, além de apoiar o direito de se expressar, também pede o fim do uso de armas letais ou não-letais pela Polícia Militar durante atos pacíficos. Ela deverá seguir na pista sentido Consolação e, ao chegar na Praça do Ciclista, irá contorná-la e continuar pelo sentido Paraíso até a Praça Oswaldo Cruz. Alguns manifestantes usavam camisetas defendendo a descriminalização da maconha.
     Centenas de PMs estavam na avenida e em ruas próximas no horário. “A nós cabe assegurar a manifestação. Nossa maior preocupação é com os grupos de intolerância”, disse o major da PM Marcelo Pignatari, comandante da operação.   Segundo ele, 250 policiais, incluindo 30 em motos, farão a segurança no evento.
     Segundo Gabriela Moncau, de 22 anos, uma das organizadoras da atual marcha e também da Marcha da Maconha, disse esperar menos pessoas neste sábado do que nas outras manifestações. Ela estima em, no máximo, 2 mil participantes. A jovem garante que ninguém fumará maconha durante o evento. “Orientamos que as pessoas não usem substâncias ilícitas na marcha”, afirmou.

Tropa de Choque
     A Polícia Militar desistiu de levar a Tropa de Choque para a Marcha da Liberdade. A decisão vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado as marchas da maconha, por considerá-las livre de manifestação do pensamento - e não apologia ao consumo de drogas.
     A PM também promete mudar a forma de abordagem a quem, eventualmente, fumar maconha ou fizer apologia ao uso ou ao tráfico de drogas durante a passeata -  atos considerados crime. De acordo com o Comandante de Policiamento da Capital, coronel Marcos Roberto Chaves, foi recomendado aos policiais que avaliem a situação: caso a repressão venha a causar tumulto, PMs devem apenas registrar o flagrante em foto ou vídeo e aguardar uma oportunidade mais segura para deter o infrator e levá-lo ao Distrito Policial.

Fonte: Paulo Toledo Piza / Do G1 SP

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