domingo, 1 de maio de 2011

Bispo de Trípoli confirma à TV italiana morte de filho de Kadhafi

Danos causados por ataque aéreo da coalizão  à casa de Saif Al-Arab Khadafi, filho do líder líbio. (Foto: Reuters)
Danos causados por ataque aéreo da coalizão à casa de Saif Al-Arab Khadafi, filho do líder líbio. (Foto: Reuters)
     O bispo de Trípoli, Giovanni Martinelli, confirmou neste domingo (1º) a morte de um dos filhos do ditador líbio Muamar Kadhafi, Saif Al Arab, o segundo mais novo, em uma entrevista por telefone ao canal italiano Sky TG24.
     "Confirmo a morte do filho do rais", afirmou o religioso italiano, uma das pessoas que reconheceu no necrotério os corpos dos parentes de Kadhafi, segundo as imagens exibidas pela televisão estatal líbia.
     O bispo, que mora há mais de 30 anos na Líbia, pediu à comunidade internacional e à ONU o fim dos bombardeios durante a entrevista ao canal de notícias italiano. "Peço respeito pela dor de um pai que perde o filho. É um gesto de humanidade", completou.
     Saif Al Arab, 29 anos, e três netos de Kadhafi morreram no sábado (30) em um bombardeio aéreo da Otan, depois que a Aliança Atlântica e a oposição rejeitaram uma proposta de negociação do dirigente líbio, segundo divulgou o porta-voz do governo líbio.
     Na manhã deste domingo (1º), o governo britânico não confirmou a notícia. "Nós ainda não temos verificações para comentar. São ainda notícias não confirmadas.  Eu estou com medo de que nós não podemos ainda confirmar nem uma nem outra notícia", disse o ministro de relações exteriores da Inglaterra, Alistair Burt.
     O primeiro-ministro britânico, David Cameron, negou-se a comentar a possível morte do filho de Kadhafi. "A ação da Otan na Líbia não tem como alvo indivíduos em particular", disse Cameron. "Os objetivos da política da Otan e da aliança são absolutamente claros. Estamos cumprindo a resolução 1973 da ONU para prevenir a perda de vidas de civis inocentes que são atacados pela máquina de guerra de Kadhafi", disse Camero.

     Retirada
     A ONU anunciou neste domingo (1º) que vai retirar todos os seus funcionários estrangeiros da capital líbia, Trípoli, depois que os escritórios da organização no país foram saqueados.
     Prédios da ONU e de algumas missões diplomáticas ocidentais teriam sido danificados por grupos pró-Khadafi, depois que um porta-voz do governo disse que um ataque da Otan, a aliança militar ocidental, matou o filho mais jovem do líder líbio, Saif al-Arab Khadafi, de 29 anos, e três de seus netos na noite de sábado.
     O Ministério do Exterior da Grã-Bretanha anunciou ter expulsado o embaixador líbio do país após a verificação de relatos de que instalações da Embaixada britânica em Trípoli haviam sido "destruídas".
     Também houve manifestações em frente a representações da Itália e dos Estados Unidos. Alguns relatos de testemunhas dizem que o prédio da Embaixada italiana estaria pegando fogo.
     A maior parte do corpo diplomático ocidental foi retirada de Trípoli no início da campanha da Otan na Líbia.

     Comandante da Otan lamenta 'qualquer perda'
     Ainda no sábado (30), a Otan confirmou um bombardeio contra Bab Al Aziziya, mas não confirmou a morte Saif Al Arab Kadhafi. "A Otan deu prosseguimento aos ataques de precisão contra as instalações militares do regime de Kadhafi em Trípoli esta noite, incluindo ataques contra um conhecido edifício de comando e controle na zona de Bab Al Aziziya, pouco depois das 18h GMT (15h de Brasília) de sábado", afirma um comunicado.
     "Estou a par de informações não confirmadas dos meios de comunicação de que alguns membros da família Kadhafi podem ter falecido", disse o general Charles Bouchard, comandante da operação "Protetor unificado". "Nós lamentamos qualquer perda de vida, em particular as de civis inocentes", completou.
Fonte: Do G1, com informações de agências internacionais

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