terça-feira, 18 de novembro de 2014

MP pede suspensão do exercício da função pública de Vereadores de Canoas que exigiam parte do salário de funcionários


   Operação CH foi realizada em agosto em Canoas
   Foto/Marjulie Martini

A Promotoria de Justiça Especializada Criminal solicitou à Justiça de Canoas a suspensão do exercício da função pública dos Vereadores Celso Jancke, José Francisco Nunes (o Francisco da Mensagem) e Gemelson Sperandio Pompeu (o Doutor Pompeu). Eles foram denunciados, junto a outras três pessoas, por exigir parte dos salários de funcionários detentores de cargos comissionados de seus gabinetes. As seis pessoas responderão pelos crimes de concussão e lavagem de dinheiro. A denúncia foi ajuizada na última sexta-feira, 14, decorrente da Operação CH. Ela tem esse nome em alusão ao sanguessuga, popularmente chamado no Rio Grande do Sul como 'chamichunga', e foi deflagrada em 25 de agosto deste ano. 

As investigações, realizadas pelo Promotor de Justiça Flávio Duarte, comprovaram que Celso Jancke exigiu parte dos salários de quatro funcionários. Além disso, obrigou que alguns deles contraíssem empréstimos consignados em folha, em valores que ultrapassaram R$ 70 mil e eram quase que totalmente repassados para a conta corrente pessoal dele e de terceiros. A prática forçava que os servidores ficassem submissos enquanto perdurassem os descontos em folha decorrentes dos empréstimos. O Vereador também praticou lavagem de dinheiro ao indicar a conta corrente de parente e de terceiros para o depósito dos valores. 

As provas coletadas dão conta que o Vereador Doutor Pompeu exigiu a totalidade do salário de um funcionário. Francisco da Mensagem manteve o mesmo procedimento em relação a dois servidores comissionados de seu gabinete. Ambos também lavaram o dinheiro em contas correntes de familiares. 

Clique aqui para ouvir boletim na Rádio MP sobre o tema.

Fonte: Agência de Notícias | Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

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