Se recorrer réu pode aguardar novo julgamento em liberdade
Créditos: Marcos Thiago
Encerrou às 21h de ontem
o julgamento que teve como réu, o pecuarista Mairol Batista da Silva, 41 anos,
acusado de ser o mandante de uma chacina em que seis pessoas foram
assassinadas. O crime ocorreu no dia 7 de julho de 2001, na fazenda Santo
Augusto, interior de Soledade.
Após horas de inquéritos
e análise de depoimentos e provas, o juri decidiu que Mariol era culpado e o
condenou a 118 anos de reclusão em regime inicial fechado. Pela Código Penal
brasileiro ele terá que ficar preso no mínimo 30 anos. Para o advogado do réu,
Dr. Osmar Teixeira houve falhas na avaliação das provas e a mesma pessoa que
acusou Mariol, também revelou outros nomes que não foram investigados, havendo
aí uma desigualdade.
O réu poderá recorrer da
decisão e de acordo com Teixeira, caso a família concorde ele entrará com o
pedido de um novo julgamento. Se recorrer Mariol pode aguardar em liberdade até
que a Justiça se manifeste, marcando um outro juri.
Para um dos promotores
responsáveis pela acusação, Fabiano Dalazen, o resultado foi justo e esperado,
já que a culpa de Mariol era clara. Em sua opinião Soledade encerra um dos seus
mais graves casos e vira a página, confiando no trabalho do Judiciário.
Entenda o caso:
O julgamento teve início
às 9 h35min, de terça-feira, no Fórum de Soledade sendo presidido pela juíza
Karen Luise de Souza Pinheiro, com o depoimento de Joana Cavalli Ghion (26
anos) , única sobrevivente da chacina que tinha 13 anos na época e foi atingida
por 2 tiros.
Depois disso foram
ouvidas 3 testemunhas e em seguida foi interrogado o acusado de ser o
mandante do crime , Mairol Batista da Silva. Ele alegou inocência, dizendo que
Márcio Camargo, 21 anos, funcionário de Marau que assumiu a autoria da chacina
e apontou o pecuarista Mairol como mandante estava louco quando fez essa
declaração.
Na época, o delegado
Edson Tadeu Cezimbra, responsável pelo inquérito, indiciou o peão e o
pecuarista pelas mortes. O acusado de ser o mandante chegou a ser preso, mas
foi solto e, deste então, aguarda o julgamento em liberdade.
Na parte da tarde a
defesa teve duas horas para se pronunciar e apresentar suas considerações.
A acusação esteve a
cargo dos promotores de Justiça, Fabiano Dalazen e Tânia Maria Bitencourt e na
assistência de acusação, o advogado Nereu Lima e na defesa do réu, o advogado
Osmar Teixeira.
As vítimas foram o
comerciante de Passo Fundo, Augusto Ricardo Ghion, o Marau, 48 anos, a esposa
dele, Liamara Ghion, 48 anos, a sobrinha do casal, Ana Marina Cavalli, 15 anos,
o capataz da fazenda Olmiro Adelar Graeff, 53 anos, a esposa dele, Nice Graeff,
45 anos, e o filho do casal, Alexandre Graeff, 16 anos. A filha do comerciante,
uma adolescente de 13 anos, foi ferida com dois tiros, mas sobreviveu.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
Fotos: Marcos Thiago
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