terça-feira, 25 de novembro de 2014

Três Passos: Júri desclassifica crime de agricultor que matou a mulher em 2011

Cláudio Horst Schimmock foi condenado por lesão corporal seguida de morte, com pena de 4 anos e 4 meses no regime semiaberto

   Júri aconteceu no Foro da Comarca de Três Passos

Foi realizado na segunda-feira (24/11), o julgamento pelo Tribunal do Júri da comarca de Três Passos, do agricultor Cláudio Horst Schimmock, de 49 anos, residente no distrito de Bela Vista, em Três Passos, por ter praticado o delito de homicídio duplamente qualificado (pena de 12 a 30 anos), fato ocorrido no dia 8 de julho de 2011, por volta das 11h20min, dentro de sua residência, quando discutiu com a vítima, Janice Schimmock, de 41 anos à época do óbito. O réu desferiu uma facada na região do abdômen, com lesão da veia cava inferior, ocasionando a morte da mulher.

O promotor de Justiça, Bruno Bonamente, pediu a condenação do réu por homicídio duplamente qualificado, alegando que este agiu por motivo fútil (ciúme) e por impossibilitar a defesa da vítima (surpresa). A defesa do réu, feita pelo advogado criminalista Ernesto Rodrigues Sobrinho, pugnou pela absolvição do réu, alegando legítima defesa putativa e da honra, face notícia nos autos que a vítima traía seu esposo, bem como para os jurados desclassificarem o crime de homicídio doloso para outro crime (não homicídio), passando a competência para o juiz de Direito, Marcos Luís Agostini, que presidiu o julgamento.

Os jurados acataram a tese defensiva e desclassificaram o homicídio. O juiz presidente do Tribunal do Júri, então, proferiu a sentença, condenando o réu por lesão corporal seguida de morte, com a agravante face o crime ter sido cometido no ambiente doméstico. A pena estabelecida para o réu é de quatro anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, no albergue do Presídio Estadual de Três Passos.

Tanto a defesa como a acusação tem cinco dias para ingressar com recurso para o Tribunal de Justiça do RS, se assim entenderem, aguardando o réu em liberdade, já que essa é sua situação desde a data do fato.

Um público expressivo acompanhou o julgamento nas dependências do Salão do Júri, incluindo familiares da vítima e do réu.

Fonte: Rádio Alto Uruguai

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