quinta-feira, 9 de julho de 2015

Porto Alegre ingressa na Justiça para garantir repasses para Saúde

Capital fica sobrecarregada com fechamento de leitos no interior, disse Fortunati

Fortunati concedeu coletiva nesta quinta-feira | Foto: Ricardo Giusti / PMPA / CP
   Fortunati concedeu coletiva nesta quinta-feira | Foto: Ricardo Giusti / PMPA / CP

*Com informações das repórteres Karina Reif e Vitória Famer

O prefeito José Fortunati anunciou nesta quinta-feira que ingressará com mandado de segurança na Justiça para que recursos do Estado sejam encaminhados ao setor da Saúde de Porto Alegre. De acordo com o secretário da Saúde, Fernando Ritter, mais de R$ 60 milhões deixaram de ser repassados ao setor desde 2014. O pedido, no entanto, não é retroativo, mas de repasses futuros.

Fortunati disse que a Capital é referência no atendimento de especialidades, principalmente nos casos de alta complexidade, e, por isso, não pode restringir atendimentos. De acordo com o prefeito, com o fechamento de leitos no interior, o sistema fica sobrecarregado. “Estamos chamando atenção para a grave crise que atinge quem é referência no atendimento em saúde pública no Estado”, alertou.

Com o fechamento de hospitais na Região Metropolitana, os moradores do entorno de Porto Alegre vão parar na porta das emergências e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “A UPA da Zona Norte está completamente saturada”, disse Fortunati. O caso é o mesmo das outras regiões da cidade.

Fortunati reiterou os esforços do poder público em atender todos os pacientes. "Retiramos de outras áreas e concentramos na Saúde. Mas nem isso está sendo suficiente. Se tem alguma prioridade a ser atendida, tem que ser a Saúde. Estamos lidando com vidas, o Judiciário precisa entender isso", afirmou.

Ritter explico que o Executivo está trabalhando para reorganizar o fluxo de pacientes e deve criar uma “sala de situação” para manter as emergências. “A disputa por espaço aumentou. A água bateu no pescoço e já passou”, resumiu, afirmando que a prefeitura está tirando de outras áreas para destinar à Saúde. “Não conseguimos dar conta de compensar o não repasse de recursos.”


Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba

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