Na manhã de
sexta-feira dia 11, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral obtiveram uma
vitória, que apesar de parcial, significa muito para a luta por uma
universidade e um sistema de saúde públicos. A partir da construção de
mobilização entre as três categorias da universidade, foi barrado o Conselho
Universitário (CONSU) extraordinário que discutiria a proposta de adesão da
UFSM à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
Esta empresa pública de direito privado, proposta
pelo governo federal para gerência dos HUs, significa uma real ameaça à
autonomia da universidade e à vinculação dos HUs a princípios da formação
acadêmica de nossos estudantes e do contato com a comunidade em geral, além
disso significa uma privatização indireta dos hospitais universitários e a
precarização das condições dos trabalhadores em saúde.
Estiveram presentes, além do DCE, outras entidades,
tais como Sedufsm, Assufsm, Assufrgs, Adufpel, UNE, CUT, CSP-Conlutas, Fasubra,
Sintufsc. Após o cancelamento do conselho as entidades presentes no ato se
reuniram e definiram um conjunto de ações para defender o HUSM 100% SUS e
barrar a EBSERH. Uma das iniciativas é criar uma frente de defesa do HUSM com
todas as entidades presentes no ato e aquelas que quiserem se somar a essa
luta, além disso, foram encaminhadas outras ações como, convocar reuniões com a
comunidade para esclarecimento da situação, usando para isso também, material
de divulgação específico, solicitar a ocorrência de audiências públicas, seja
em âmbito municipal ou estadual, promover reunião com o Ministério Público,
entre outras medidas para mobilizar a população em torno dessa pauta e
conseguir força para barrar a EBSERH na UFSM.
Com a vitoria de ontem a discussão da EBSERH no
Conselho Universitário ficou adiada para data a ser definida, o desafio que se
coloca neste momento é a construção de debates massivos com toda comunidade
acadêmica e sociedade em geral, no sentido de mobilizar e barrar a instalação
desta empresa, que pode significar um imenso retrocesso na luta por saúde e
educação públicas, democráticas e de qualidade para toda população, pautas
históricas de todo movimento social da educação.
Fonte: Diretório Central dos Estudantes - UFSM
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