Operação Bad Hunters – Foto: Polícia Civil
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta
quarta-feira (4), a segunda fase da Operação Bad Hunters, com o objetivo de
reprimir a prática do crime de caça ilegal de animais silvestres nos municípios
de Piratini e Canguçu. A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de
Proteção e Defesa do Meio Ambiente (Dema), do Departamento Estadual de
Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos quatro mandados de busca,
resultando na apreensão de onze armas de fogo, sendo uma delas um fuzil Mauser
com ferrolho, munições, celulares, licenças de controlador de javalis no
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
e carnes de animais abatidos.
Segundo a
delegada Marina Goltz, os mandados foram cumpridos em Piratini, Canguçu e na
Capital. "A investigação teve início em dezembro de 2018, a partir de
denúncias de que uma organização criminosa utilizaria indevidamente
autorizações para manejo de javalis para os fins escusos de caça de toda a
sorte de animais silvestres”, relata a delegada.
Conforme
o diretor do Deic, delegado Sander Cajal, os integrantes do grupo criminoso
reúnem-se para caçadas em diversas regiões do estado, ocasiões em que caçam
indiscriminadamente animais da fauna silvestre, como veados campeiros, tatus,
capivaras, pacas, ratões do banhado, perdizes e perdigões. "Apenas o
javali tem seu manejo autorizado pelo Ibama, em razão de ser espécie exótica
invasora que tem causado uma série de impactos ambientais e socioeconômicos,
ameaçando o ecossistema. Deste modo, os integrantes da organização criminosa
obtém autorização para manejo de tais animais, bem como adquirem legalmente
armas através de cadastro junto ao Exército Brasileiro, contudo fazem uso
desvirtuado destas autorizações para a caça de outros animais, cujo abate é
proibido", esclareceu Cajal.
Os investigados poderão responder pelos crimes
previstos nos artigos 29 da Lei 9.605/98, com penas de detenção de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano, e multa, e artigo 2º da Lei 12.850/2013, com pena de
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. A ação contou com o apoio das
Delegacias de Polícia de Canguçu e Piratini.
Matheus Lima
Michel Fontana
Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul
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