Futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro é
acusado de receber R$ 300 mil de forma irregular
Foto: Evaristo Sá / AFP / CP
O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
chamou de “bênção” a abertura de uma investigação, autorizada pelo
ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele vai para apurar denúncias de
pagamentos de caixa dois da JBS a ele, nas campanhas de 2012 e 2014.
Onyx também divulgou nota em que afirma receber
"com muita tranquilidade" a decisão. De acordo com o ministro, será a
oportunidade para esclarecer os fatos e a verdade de "forma
definitiva". "Tal procedimento me dará oportunidade de esclarecer,
com a verdade e de forma definitiva, perante o Poder Judiciário, as questões
relativas ao fato, a exemplo do que já foi feito diante da opinião pública de
meu estado e da sociedade brasileira", enfatizou.
Fachin atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da
República e determinou a abertura de uma petição autônoma específica para
analisar as acusações de que Onyx teria recebido R$ 100 mil em 2012 e R$ 200
mil em 2014, oriundos de caixa 2.
Nesta terça, o futuro ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, defendeu o colega. “Onyx tem a minha
confiança pessoal. Sei do grande esforço que ele fez para aprovar as dez
medidas contra a corrupção”, disse Moro.
Em 2016, Onyx foi relator do projeto que tratava
das dez medidas de combate à corrupção. Deputado do DEM, ele produziu um
parecer que vetava qualquer tipo de anistia ao caixa 2. Em maio do ano passado,
no entanto, executivos da JBS o citaram em delação premiada. Onyx chegou a
admitir ter recebido R$ 100 mil em caixa 2, para quitar despesas da campanha de
2014, e pediu desculpas aos eleitores do Rio Grande do Sul. “Vou, diante das
autoridades, pagar pelo erro que cometi”, afirmou ele, na ocasião. Onyx sempre
negou ter recebido recursos ilegais na campanha de 2012.
ESTADÃO
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Correio do Povo
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