sábado, 11 de março de 2017

Prefeitura adotará fórmula de Sartori e pagará servidores em parcelas

Atrasos no pagamento de salários começarão em abril em Porto Alegre

Marchezan disse que cenário das finanças na Capital ficará caótico em junho | Foto: Ricardo Giusti
   Marchezan disse que cenário das finanças na Capital ficará caótico em junho | Foto: Ricardo Giusti

A Prefeitura de Porto Alegre irá adotar a mesma fórmula aplicada pelo governo do Estado praticamente desde o início da gestão José Ivo Sartori no pagamento da folha do funcionalismo a partir de abril, quando começarão a ocorrer atrasos. Os depósitos nas contas dos servidores serão feitos em parcelas. A informação foi confirmada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, em entrevista ao programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba.

Segundo Marchezan, o atraso no pagamento da folha ocorrerá já em abril, mas é a partir de junho que o cenário das finanças na Capital ficará “caótico”. “Não contribuí para a situação em que Porto Alegre se encontra. Há problemas em todos os setores”, disse o tucano. Durante quase uma hora e meia, Marchezan falou sobre as principais polêmicas atualmente em pauta, sem medir palavras, como é do seu perfil. O prefeito afirmou que é concreta a possibilidade de privatização da Carris, que, segundo ele, apresenta déficit de cerca de R$ 50 milhões. “Há todo tipo de irregularidades na Carris. Como uma empresa deficitária paga prêmios por cumprimento de metas aos funcionários? Vamos enfrentar estes temas, mas ela precisa se tornar superavitária”, disse.

Classificado de autoritário por lideranças da oposição e integrantes de categorias do funcionalismo, Marchezan reconhece que tem comprado brigas simultâneas em áreas delicadas, mas está convicto e defende ações adotadas em sua gestão que têm gerado impasses, sustentando que não haverá recuos. Entre elas, estão as alterações geradas pelas novas diretrizes para a organização da rotina nas escolas da rede pública municipal. “Estamos abertos ao diálogo com todos os setores e categorias. Nem todos querem conversar. O sindicato (Simpa) tem impedido professores e diretores que querem conversar com a secretaria. Vamos continuar trabalhando e aplicaremos a legislação caso seja necessário”, afirmou.


Taline Oppitz
Correio do Povo

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