Altas temperaturas evaporam água antes de chegar no foco dos
incêndios
Altas temperaturas evaporam água antes de
chegar no foco dos incêndios | Foto: Ivan Storti/AFP/CP
Mais de 180 homens do Corpo de Bombeiros e
ao menos 22 viaturas trabalham desde as 10h de quinta-feira na contenção do
incêndio que atinge os tonéis da Ultracargo, em Santos, litoral sul de São
Paulo. O fogo já chegou a cinco tanques, que ficam na área industrial da
Alemoa, próximo do Porto de Santos e da Rodovia Anchieta. O trabalho do Corpo
de Bombeiros deve durar mais dois ou três dias, conforme análise da corporação.
A embarcação Governador Fleury ajuda na operação, transferindo água do mar para
os caminhões tanques.
A situação ainda é muito complexa e exige ação ininterrupta das equipes, com jatos de água e uma espuma especial. Segundo os bombeiros, a temperatura chega a 800°C, o que impede o combate efetivo às chamas, porque a água evapora antes de chegar aos tonéis. Nesta sexta-feira, eles tentaram iniciar um combate direto ao fogo, mas a tentativa não deu certo. Desde o começo, as equipes tentam resfriar a área. A coluna de fumaça é vista a muita distância e em muitos pontos é possível sentir cheio de queimado. O pátio da Ultracargo tem áreas específicas para contenção do combustível vazado, mas essas bacias já estão cheias. Para piorar, o vento está empurrando o fogo para tonéis que ainda não foram atingidos.
Novas explosões foram registradas ao longo da manhã. Na região do incidente, houve chuva de cinzas, sujando carros e roupas. Segundo especialistas, não se trata de resíduo tóxico, mas de algo parecido com carvão. De qualquer forma, há recomendação para que as pessoas evitem exposição ao material.
De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento de navios no canal do estuário permanece interrompido no local do incêndio. Os cinco navios removidos da área pela Praticagem continuam na Barra de Santos, aguardando autorização para retornar. A Codesp reforça que o Porto de Santos funciona normalmente.
A fumaça formada pela queima de combustível é poluente. Partículas e gases podem ser levados pelo vento para a Serra do Mar. Por isso, o incêndio nos tanques da Ultracargo pode provocar um acidente ambiental, prejudicando fauna e flora. Muitos especialistas têm feito alertas sobre esse problema. No caso do etanol, a queima provocaria uma fumaça azulada. A cor preta é preocupante, porque indica conter outros elementos, como o material do próprio tanque, a tinta e outros combustíveis. Não há enxofre nos materiais envolvidos, o que descarta a possibilidade de chuva ácida.
O bombeiro Claudio Rodrigues Gonçalves, de 39 anos, foi atingido no olho por uma fagulha e precisou ser levado ao Pronto-Socorro Central de Santos, para avaliação oftalmológica. O paciente já recebeu alta. A prefeitura de Santos informou que o Samu atendeu 21 pessoas no local, todos homens com superaquecimento.
A situação ainda é muito complexa e exige ação ininterrupta das equipes, com jatos de água e uma espuma especial. Segundo os bombeiros, a temperatura chega a 800°C, o que impede o combate efetivo às chamas, porque a água evapora antes de chegar aos tonéis. Nesta sexta-feira, eles tentaram iniciar um combate direto ao fogo, mas a tentativa não deu certo. Desde o começo, as equipes tentam resfriar a área. A coluna de fumaça é vista a muita distância e em muitos pontos é possível sentir cheio de queimado. O pátio da Ultracargo tem áreas específicas para contenção do combustível vazado, mas essas bacias já estão cheias. Para piorar, o vento está empurrando o fogo para tonéis que ainda não foram atingidos.
Novas explosões foram registradas ao longo da manhã. Na região do incidente, houve chuva de cinzas, sujando carros e roupas. Segundo especialistas, não se trata de resíduo tóxico, mas de algo parecido com carvão. De qualquer forma, há recomendação para que as pessoas evitem exposição ao material.
De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento de navios no canal do estuário permanece interrompido no local do incêndio. Os cinco navios removidos da área pela Praticagem continuam na Barra de Santos, aguardando autorização para retornar. A Codesp reforça que o Porto de Santos funciona normalmente.
A fumaça formada pela queima de combustível é poluente. Partículas e gases podem ser levados pelo vento para a Serra do Mar. Por isso, o incêndio nos tanques da Ultracargo pode provocar um acidente ambiental, prejudicando fauna e flora. Muitos especialistas têm feito alertas sobre esse problema. No caso do etanol, a queima provocaria uma fumaça azulada. A cor preta é preocupante, porque indica conter outros elementos, como o material do próprio tanque, a tinta e outros combustíveis. Não há enxofre nos materiais envolvidos, o que descarta a possibilidade de chuva ácida.
O bombeiro Claudio Rodrigues Gonçalves, de 39 anos, foi atingido no olho por uma fagulha e precisou ser levado ao Pronto-Socorro Central de Santos, para avaliação oftalmológica. O paciente já recebeu alta. A prefeitura de Santos informou que o Samu atendeu 21 pessoas no local, todos homens com superaquecimento.
Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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