Parte complementar do
inquérito foi entregue na tarde desta sexta-feira.
Evandro havia
sido denunciado pelo MP apenas por ocultação de cadáver.
Evandro foi preso em
Frederico Westphalen (Foto: Fábio Pelinson/Jornal O Alto Uruguai)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul
indiciou Evandro Wirganovicz, irmão de uma das suspeitas da morte do menino
Bernardo Boldrini, de 11 anos, por homicídio simples e ocultação de cadáver. A
parte complementar do inquérito foi entregue na tarde desta sexta-feira (6) no
Fórum de Três Passos, cidade do noroeste do estado, onde a criança morava.
Irmão de Edelvania Wirganovicz, presa há
mais de um mês e também ré pela morte, Evandro foi denunciado pelo Ministério
Público por ocultação de cadáver. O indiciamento por homicídio simples se deu
porque o homem não sabia dos elementos que se tornaram qualificadores do
indiciamento por homicídio qualificado dos demais suspeitos, como motivos torpe
ou fútil.
Além de Edelvania, o pai da criança,
Leandro Boldrini, e a madrasta do menino, Graciele Ugulini, estão presos desde
o dia 14 de abril, quando o corpo de Bernardo foi encontrado enterrado no
município de Frederico Westphalen, no norte do estado, a cerca de 80 km de Três
Passos. Os três foram denunciados por homicídio qualificado.
As provas fundamentais contra Evandro
foram o depoimento do policial que viu o carro do homem próximo ao local onde o
corpo do Bernardo foi encontrado e também e o detector de mentiras. Quanto à
feitura do buraco, houve riscos de mentira, e quanto ao fato de ele saber da
morte de alguém, também foi um aspecto que gerou desconforto, segundo a
delegada.
No dia 27 de maio, a Justiça negou um
pedido de revogação de prisão de Evandro. Ao saber da prisão do irmão no início
de maio, Edelvania, da cadeia, escreveu uma carta inocentando Evandro. Ela
afirmou que o irmão participou da ocultação do cadáver, mas garantiu que ele
não teve nenhum envolvimento no assassinato.
Indiciamentos
O pai, a madrasta e a assistente social
foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, com os qualificadores
"mediante paga ou promessa de recompensa, motivo fútil, meio insidioso,
dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima", conforme a
polícia, e ocultação de cadáver.
Leandro Boldrini: atuou no crime de
homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ele
também auxiliou na compra do remédio Midazolan em comprimidos, fornecendo a
receita azul. Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história
para que tal crime ficasse impune.
Graciele Ugulini: mentora e executora do
delito de homicídio, bem como da ocultação do cadáver.
Edelvânia Wirganovicz: executora do delito
de homicídio e da ocultação do cadáver.
Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria
sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa
de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família.
No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi
comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta
foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em
um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117
km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da
Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
"O menino estava no banco de trás do
carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito
calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei
da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um
televisor.
O pai registrou o desaparecimento do
menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o
corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela
investigação, o menino foi morto por uma injeção letal.
Fonte:
G1 RS
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