Químico
potencialmente cancerígeno é proibido no Brasil
De acordo com o Mapa, a adulteração foi
confirmada em mistura para bolo
Crédito: Alexandre Mendez / CP memória
Crédito: Alexandre Mendez / CP memória
A adição de
substâncias proibidas à farinha de trigo é o mais recente alvo de fiscalização
do Ministério da Agricultura (Mapa). Depois da soda cáustica, formol e água
oxigenada no leite e a adição de da natamicina (antibiótico) ao
vinho, o bromato de
potássio – um químico potencialmente cancerígeno usado como melhorador para
pães e bolos – está entre as suspeitas de fraude da farinha.
Amostras foram coletadas inicialmente em moinhos da região Metropolitana. A adulteração já foi identificada em misturas para bolo. Os resultados serão encaminhados à Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul, responsável por fiscalizar os subprodutos. Laudos preliminares não acusaram a adição da substância diretamente na farinha. O superintendente do Mapa no RS, Francisco Signor, destacou a importância de ampliar as operações de inspeção federal. "Quando a gente fiscaliza, as inconformidades aparecem. Se não aparecem é porque não está sendo inspecionado."
O presidente do Sinditrigo, José Antoniazzi, informou desconhecer a prática. "É uma surpresa", disse. Segundo ele, não há sentido em utilizar a substância, já que existem enzimas e reforçadores legais à disposição no mercado. O bromato é um aditivo proibido no Brasil, que tem como finalidade fazer o pão render mais em volume. Para avançar na inspeção da farinha, a unidade de classificação vegetal do Lanagro, laboratório oficial do Mapa, está atualizando os processos de análise e validando metodologias. Ainda neste mês, o Lanagro deve estar pronto para incluir amostras de farinha e misturas nas análises, o que vai permitir intensificar a fiscalização nos moinhos.
Amostras foram coletadas inicialmente em moinhos da região Metropolitana. A adulteração já foi identificada em misturas para bolo. Os resultados serão encaminhados à Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul, responsável por fiscalizar os subprodutos. Laudos preliminares não acusaram a adição da substância diretamente na farinha. O superintendente do Mapa no RS, Francisco Signor, destacou a importância de ampliar as operações de inspeção federal. "Quando a gente fiscaliza, as inconformidades aparecem. Se não aparecem é porque não está sendo inspecionado."
O presidente do Sinditrigo, José Antoniazzi, informou desconhecer a prática. "É uma surpresa", disse. Segundo ele, não há sentido em utilizar a substância, já que existem enzimas e reforçadores legais à disposição no mercado. O bromato é um aditivo proibido no Brasil, que tem como finalidade fazer o pão render mais em volume. Para avançar na inspeção da farinha, a unidade de classificação vegetal do Lanagro, laboratório oficial do Mapa, está atualizando os processos de análise e validando metodologias. Ainda neste mês, o Lanagro deve estar pronto para incluir amostras de farinha e misturas nas análises, o que vai permitir intensificar a fiscalização nos moinhos.
Fonte: Bruna Karpinski / Correio do Povo
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