terça-feira, 19 de março de 2013

Caloura da UFSC não tem onde morar e é acolhida por novos colegas

Gaúcha de 17 anos foi para Florianópolis estudar jornalismo.
Auxílio pode demorar um mês; estudantes do curso ofereceram ajuda.
   Foto: Reprodução

     Depois de comemorar a aprovação no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma estudante foi acolhida pelos novos colegas por não ter onde morar. Priscila Oliveira, de 17 anos, é natural de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, e foi  para Florianópolis com o sonho de estudar jornalismo, mesmo sem condições financeiras de pagar aluguel.

     "Minha mãe e meu pai são humildes e não tem uma escolaridade a mais que o ensino médio. Mas sempre me apoiaram, quiseram que eu fizesse faculdade", conta. Do nome na lista de aprovados no vestibular até a matrícula foi um mês, só faltava se inscrever em programas de moradia. Foi quando estudante descobriu que o benefício viria só um mês depois do início das aulas.

     Os alunos matriculados na UFSC e cuja verba familiar é de até um salário mínimo e meio por mês, têm direito a disputar uma vaga na moradia estudantil. Mas os 154 lugares disponíveis não são suficientes. Para quem fica de fora, a UFSC oferece uma ajuda em dinheiro de R$ 750 por mês. O processo seletivo desse mês estaria atrasado por conta da greve do ano passado.

     Como Priscila entrou por meio de cota social, não precisa passar por seleção, já tem direito ao auxílio. "O segundo semestre de 2012 terminou em fevereiro. Nos próximos semestres nós vamos pensar em um política de antecipação para esses alunos que vêm com essa condição que estamos enfrentando pela primeira vez", afirma Lauro Matei, pró-reitor da UFSC.

     Por falta de lugar para morar, Priscila talvez tivesse que abrir mão da vaga. Foi quando o assunto chegou ao coordenador do curso de jornalismo, Aureo Moraes. "A gente teve uma resposta por parte da universidade de que antes de 30 ou 40 dias não seria possível a instituição recebê-la. Quinze dias do início do semestre, sem uma resposta institucional, eu imaginei que, no limite, talvez ter que hospedá-la na minha casa", conta Moraes.

     O email com pedido de ajuda aos alunos de jornalismo foi um último apelo. Em poucas horas, colegas ofereciam dinheiro, moradia, vale refeição e até estágios. "Uma cidade tão grande como Florianópolis, uma faculdade tão grande como a UFSC, saber que tem gente que não me conhece, nunca tinha me visto, querer me ajudar é bem legal".

     Enquanto uma solução não chega, Priscila passa as noites na casa dos novos colegas. "Todos eles aqui que estão me ajudando são anjos, são meus padrinhos, eles que estão me acolhendo agora. anjos na minha vida", diz a estudante.

Fonte: Do G1 SC com informações da RBS TV

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