Denize Letícia Marcolino, de 22 anos, graduou-se em Enfermagem neste sábado
Denize Letícia Marcolino, de 22 anos, graduou-se em Enfermagem neste sábado
Crédito: Divulgação/ CP
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Pela primeira vez na história, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) entregou um diploma a uma aluna de etnia indígena, em cerimônia de formatura realizada neste sábado no anfiteatro da Faculdade de Enfermagem, em Porto Alegre. Denize Letícia Marcolino, de 22 anos, natural de uma comunidade kaingang da Guarita, em Tenente Portela, no noroeste do Estado, cursou todos os créditos no prazo mínimo e foi homenageada e aplaudida por familiares, amigos, professores e representantes da tribo, ao receber o canudo.
Há cinco anos, a Ufrgs aprovou a Política de Ações Afirmativas, que destina 10 vagas para índios por ano. Em 2008, Denize ingressou na universidade, logo que o programa entrou em vigor. Ela deixou a família e a tribo onde cresceu e viajou cerca de 600 km para estudar em Porto Alegre. Na Capital, morou por quatro anos e meio na Casa do Estudante da Ufrgs enquanto frequentava as aulas do curso de Enfermagem.
Para a nova enfermeira, o principal desafio foi enfrentar a adaptação para a nova realidade. “Acredito que foi um impacto cultural muito grande. Eu vivia em uma cultura completamente diferente dessa que estou vivendo agora”, sintetiza Denize. “Levei anos para me acostumar, mas agora eu sei que consegui meus objetivos”, comemora.
Desde o início do curso, Denize já havia traçado um plano para quando recebesse o diploma e pudesse trabalhar como enfermeira. Ela quer voltar para a aldeia em Tenente Portela e ocupar o posto de trabalho na unidade básica de saúde instalada dentro da tribo.“No início do curso eu já tinha esse plano de dar o retorno pra minha comunidade, trabalhar na aldeia. Claro que tem certas coisas que eu preciso adaptar para o contexto da minha comunidade. Mas com certeza isso é possível. Na semana que vem eu já retorno”, diz Denize. Cerca de 7 mil pessoas vivem na aldeia.
Atualmente, a Ufrgs tem 47 alunos indígenas matriculados em cursos de graduação, que entram na universidade por meio da Política de Ações Afirmativas. Para a vice-pró-reitora de Graduação da Ufrgs, Andréa dos Santos Benites, Denize é um exemplo a ser seguido. “Estamos todos muito orgulhosos. Este é um momento histórico, fruto de uma decisão que uniu os interesses da universidade e dos movimentos sociais, e que agora se tornou irreversível. Nossa expectativa é de mais jovens indígenas venham aprender e ensinar com a gente”, afirmou a vice-pró-reitora.
Depois da solenidade, os convidados assistiram uma apresentação de dança e canto, realizada por familiares e amigos da nova enfermeira.
Há cinco anos, a Ufrgs aprovou a Política de Ações Afirmativas, que destina 10 vagas para índios por ano. Em 2008, Denize ingressou na universidade, logo que o programa entrou em vigor. Ela deixou a família e a tribo onde cresceu e viajou cerca de 600 km para estudar em Porto Alegre. Na Capital, morou por quatro anos e meio na Casa do Estudante da Ufrgs enquanto frequentava as aulas do curso de Enfermagem.
Para a nova enfermeira, o principal desafio foi enfrentar a adaptação para a nova realidade. “Acredito que foi um impacto cultural muito grande. Eu vivia em uma cultura completamente diferente dessa que estou vivendo agora”, sintetiza Denize. “Levei anos para me acostumar, mas agora eu sei que consegui meus objetivos”, comemora.
Desde o início do curso, Denize já havia traçado um plano para quando recebesse o diploma e pudesse trabalhar como enfermeira. Ela quer voltar para a aldeia em Tenente Portela e ocupar o posto de trabalho na unidade básica de saúde instalada dentro da tribo.“No início do curso eu já tinha esse plano de dar o retorno pra minha comunidade, trabalhar na aldeia. Claro que tem certas coisas que eu preciso adaptar para o contexto da minha comunidade. Mas com certeza isso é possível. Na semana que vem eu já retorno”, diz Denize. Cerca de 7 mil pessoas vivem na aldeia.
Atualmente, a Ufrgs tem 47 alunos indígenas matriculados em cursos de graduação, que entram na universidade por meio da Política de Ações Afirmativas. Para a vice-pró-reitora de Graduação da Ufrgs, Andréa dos Santos Benites, Denize é um exemplo a ser seguido. “Estamos todos muito orgulhosos. Este é um momento histórico, fruto de uma decisão que uniu os interesses da universidade e dos movimentos sociais, e que agora se tornou irreversível. Nossa expectativa é de mais jovens indígenas venham aprender e ensinar com a gente”, afirmou a vice-pró-reitora.
Depois da solenidade, os convidados assistiram uma apresentação de dança e canto, realizada por familiares e amigos da nova enfermeira.
Formada, Denize quer trabalhar na aldeia onde cresceu
Crédito: Divulgação / CP
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Com informações da repórter Camila Kila e Luiz Sérgio Dibe
Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba
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