sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Envolvidos na morte de papeleiro são apreendidos em Caxias do Sul

Por ordem da Justiça, os quatro adolescentes ficarão internados no Case


     Policiais civis apreenderam na noite desta sexta-feira os quatro adolescentes envolvidos na morte do papeleiro Carlos Miguel dos Santos, 45 anos, em Caxias do Sul.

     A internação provisória do grupo foi decretada no final da tarde pelo juiz da Infância e Adolescência Leoberto Brancher, a pedido do promotor Mauro Porchetto, do Ministério Público (MP). Os jovens ficarão recolhidos no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case).

     Conforme o delegado Endrigo Marques, que responde pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), apenas um dos jovens, o de 14 anos, foi localizado na rua. Os outros três _ de 14, 13 e 15 anos _ estavam em casa. Segundo Marques, agentes da DPCA, do 2º e do 3º Distrito Policial cumpriram os mandados de internação simultaneamente.

     De acordo o juiz, o caso será julgado em 45 dias. Se forem responsabilizados, os jovens deverão continuar no Case, cumprindo medida socioeducativa. A internação deles havia sido sugerida pelo delegado, que na quarta-feira enviou o inquérito ao MP.

     Nesta sexta-feira, após ouvir os adolescentes, o promotor pediu à Justiça o recolhimento do grupo ao Case. Em depoimento, eles admitiram a autoria do crime.
 
     Na avaliação de Porchetto, os adolescentes cometeram homicídio triplamente qualificado, já que agiram por motivo torpe (vingança), por meio cruel (fogo) e com recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava dormindo.

     _ A agilidade no ajuizamento da representação por homicídio triplamente qualificado, dois dias depois do recebimento do indiciamento pela Polícia Civil, é uma resposta à indignação da sociedade com a brutalidade desse crime _ comentou.

Fonte: Cléver Moreira / PIONEIRO

Um comentário:

  1. Vou dizer o que? como diz a matéria, "É uma resposta à indignação da sociedade com a brutalidade do crime". Eles deviam estar preso no momento que confessaram o crime, tem que se cumprir a lei e não ficar esperando a comunidade se indignar. Absurdo isto...

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