Cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral reuniu
cerca de 700 convidados
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo / CP
O presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu na
tarde desta segunda-feira o diploma do Tribunal Superior Eleitoral que o habilita
a tomar posse no dia 1º de janeiro. O vice, Hamilton Mourão, também foi
diplomado.
Em seu discurso, Bolsonaro se disse "honrado
com a confiança demonstrada pelo povo brasileiro" e garantiu que defenderá
a democracia. "Nosso compromisso com a soberania do voto popular é
inquebrantável." Segundo ele, a construção de uma nação mais justa
depende da "ruptura de práticas que retardaram o progresso no país",
como mentiras e manipulação.
O presidente eleito disse ainda que a cerimônia
desta segunda-feira "trata-se do reconhecimento de que o povo escolheu
seus representantes em eleições livres e justas, como determina a nossa
Constituição".
Bolsonaro prometeu governar para todos, sem
distinção de raça, cor, renda, religião e sexo e pediu a confiança daqueles que
não votaram nele. "A partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos
210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos sem distinção de
origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião."
Agradecimentos
O presidente eleito agradeceu o trabalho da
Justiça Eleitoral, o apoio da família e os 57 milhões de votos. Em primeiro
lugar, agradeceu a Deus por estar vivo, após ter sido esfaqueado no
início da campanha eleitoral. "Eu me dedicarei dia e noite a um
objetivo que nos une: a construção de um Brasil justo e que ocupe o lugar que
lhe cabe no mundo."
Democracia
Bolsonaro disse ainda que só com rupturas de
algumas práticas haverá avanços. "A construção de uma nação mais justa e
desenvolvida requer uma ruptura com práticas que retardaram o nosso progressos,
não mais violência, não mais as mentiras, não mais manipulação ideológica, não
mais submissão de nosso destino."
Novas tecnologias
Para o presidente eleito, as novas tecnologias
demonstraram sua força nas urnas. "As eleições de
outubro revelaram uma realidade distinta das práticas do passado. O poder
popular não precisa mais de intermediação. As novas tecnologias permitiram uma
eleição direta entre o eleitor e seus representantes. Esse novo ambiente, a
crença na liberdade, é a melhor garantia dos ideiais que balizam a nossa
Constituição."
Família
Bolsonaro agradeceu o apoio da família, citou a
mulher Michelle, os cinco filhos e a mãe Olinda, de 91 anos. Ao mencionar o
nome da caçula, Laura, 8 anos, acenou para a menina que estava sentada na
plateia.
A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, afirmou
que as diplomações "constituem a expressão da vontade popular que nelas
foi democraticamente manifestada, com absoluta segurança e total lisura".
Rosa Weber ainda lembrou que a diplomação é
comemorada no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nunca nos esqueçamos, os
direitos fundamentais da pessoa humana, além de universais são essencialmente
inexauríveis."
"Em uma democracia, maioria e minoria, como
protagonistas relevantes do processo decisório, hão de conviver sob a égide dos
mecanismos constitucionais destinados à promoção do amplo debate",
complementou a magistrada.
R7 e Agência Brasil
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário