sexta-feira, 7 de abril de 2017

Atletas do Inter são citados em ação que aponta uso de documentos falsos para obter passaporte italiano

Empresário de Sasha e Ferrareis afirma que documentação foi entregue no consulado

Empresário de Sasha e Ferrareis negou envolvimento com a falsificação de documentos | Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP memória
   Empresário de Sasha e Ferrareis negou envolvimento com a falsificação de documentos
   Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP memória

Os jogadores do Inter Sasha, Gustavo Ferrareis e Eduardo Henrique foram citados em matéria da Agência Ansa, da Itália, entre atletas que teriam adquirido passaporte com documentos falsos. Dois homens foram presos nesta sexta-feira pela polícia italiana em uma operação. O empresário de Sasha e Ferrareis, Augusto Nogueira, negou que seus assessorados tenham obtido o documento de forma ilegal.

“Fomos pego de surpresa, pois trabalhamos nisso durante quase três anos em busca de documentação e legalização. Todos eles foram encaminhados para o consulado e legalizados por eles na Itália, onde foi concedido a cidadania deles. Desconheço a comunidade onde foi feita. Estamos totalmente tranquilos”, afirmou Nogueira.

Representantes do volante Eduardo Henrique também negaram qualquer ilegalidade nos trâmites. “Esclarecemos que o processo de obtenção de cidadania estrangeira do atleta Eduardo Henrique foi realizado dentro da normalidade, observando todos os trâmites legais exigidos pelo consulado da Itália. Aproveitamos para nos colocar à disposição das autoridades para apresentação de quaisquer documentos que se fizerem necessários bem como prestar os esclarecimentos o mais breve possível”, divulgou em nota o advogado do jogador, Flávio de Almeida.

Os dois suspeitos de corrupção, falsificação material e ideológica e favorecimento de imigração clandestina foram presos pela polícia de Castello di Cisterna, na província de Nápoles. Os detidos são responsáveis por um departamento do estado civil de Brusciano (Nápoles) e por uma agência de práticas administrativas de Terni, que mediante prévio pagamento dos cidadãos brasileiros, falsificava seu "ius sanguinis" (direito de sangue).

Graças ao "ius sanguinis", uma pessoa pode adquirir uma nacionalidade pela ascendência, mas, segundo a polícia, os detidos não seguiam os requisitos previstos pela lei. Entre 300 jogadores brasileiros envolvidos, além do trio do Inter, estariam Bruno Henrique, do Palermo, e Gabriel Boschilia, do Mônaco.


Fonte: Correio do Povo

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