quinta-feira, 27 de abril de 2017

Códigos que remetem a facção são pichados em Santo Augusto

Pichações ocorreram nos bairros São João e Tiradentes


Nos últimos dias surgiram episódios que levam a crer na existência de membros de facções na região Celeiro.

Primeiro, crimes aterrorizantes, como homicídios, emboscadas e tentativas de execuções, e agora, pichações com códigos que remetem às facções. 

Rabiscos com as dezenas 141812 foram vistos nos municípios de Tenente Portela, Redentora, Coronel Bicaco, Miraguaí, Vista Gaúcha e Santo Augusto. O código é atribuído à facção “Os Manos”, que, segundo o Ministério Público, atua desde os anos 90 no tráfico de drogas dentro do Presídio Central de Porto Alegre. 

Na “constituição” da facção, a divulgação da marca do grupo, simbolizada pelos números "14-18-12", é uma das regras básicas.  

Em Santo Augusto, há pichações com o referido código em muros dos bairros São João e Tiradentes. Segundo a Brigada Militar do município, as pichações podem ter sido feitas por pessoas que se intitulam da determinada facção, mas não pertencem a ela. Isso ocorre até mesmo para dominar espaços no mundo do tráfico e amedrontar a sociedade. 

Em nota, o Comando do 7º BPM se manifestou. 

Nota do Comando do 7º BPM

Com referência as publicações da mídia regional sobre pichações 14.18.12 quais referem-se as iniciais do alfabeto O.S.M (Facção “Os Manos”), o Comando do 7° BPM, através de ações de inteligência policial, operações especiais e pelos integrantes das frações dos municípios da Região Celeiro, vem monitorando possíveis ações de "se dizentes" integrantes desta facção, desde maio de 2016, após mortes ocorridas em Tenente Portela, quando um dos presos confirmou ser integrante dos "Manos" e viera cobrar dívida do tráfico. Desde então várias informações foram recebidas e operações desencadeadas pelo Batalhão, logrando êxito até o momento, na apreensão de cerca de 365 kg de maconha e na prisão de vários marginais. Face nossa legislação vigente, a investigação é de responsabilidade da Polícia Civil, os quais usam diversas técnicas, inclusive de interceptação telefônica, dos quais a Brigada Militar não dispõe, mesmo assim, cada integrante do 7° BPM esta desdobrando-se na busca de informações para reprimir diariamente o tráfico em nossa região. Reuniões operacionais estão sendo realizadas pelos integrantes do Batalhão para traçar táticas e técnicas especiais para o enfrentamento destes delitos, em especial aos crimes transfronteiriços, pois sabidamente estamos na rota do tráfico de drogas, armas e munições que ingressam em nosso país vindo do Paraguai e Argentina. Solicitamos que informações sejam repassadas através dos telefones 35221611, 35221660 ou 35221052, bem como pelo nosso telefone de emergência 190.

Brigada Militar - "A força da Comunidade".

A Polícia Civil informou que está investigando os casos.


Postado por: Maira Kempf
Rádio Querência

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