Ex-governador do Rio foi transferido para o
complexo penitenciário de Bangu
Garotinho reage com chutes, mas é contido por
agentes federais | Foto: Vladimir Platonow/ Agência Brasil
Um áudio
distribuído por grupos de Whatsapp registra o momento em que policiais federais
anunciaram que iriam transferir o ex-governador Anthony Garotinho do Hospital
Municipal Souza Aguiar para o Hospital Hamilton Agostinho Vieira de Castro, no
Complexo Gericinó, em Bangu, na zona oeste, na noite da quinta-feira. No
registro, o secretário municipal de Campos dos Goytacazes resiste à
transferência e diz que teme por sua vida.
"Levar
é o cacete. Eu não vou. Isaías do Borel, tem um monte de preso lá que foi tudo
eu que botei na cadeia. Estão doidos para me levar para lá para me matar. Sabe
que quarta-feira eu tenho reunião com dr. (Rodrigo) Janot para entregar o resto
da quadrilha. Isso tudo foi armado. Eu não vou", reage.
A
transferência foi decidida pelo juiz federal Glaucenir Silva de Oliveira, da
100ª Zona Eleitoral de Campos, depois de receber informações sobre
"diversas regalias no Hospital Souza Aguiar, onde se encontra internado
sob suspeita de doença ainda sequer identificada".
Leia a
transcrição do diálogo do ex-governador com agentes da PF:
- Mate o
homem, aqui.
- A gente só precisa te levar. Se você não fizer força, é melhor.
- Levar é o cacete. Matem o homem. Eu não vou. Isaías do Borel,
tem um monte de preso lá que foi tudo eu que botei na cadeia. Estão doidos para
me levar para lá para me matar. Sabe que quarta-feira eu tenho reunião com dr.
Janot para entregar o resto da cadeia. Isso tudo foi armado. Eu não vou, cara.
- O senhor vai. Porque o senhor está preso com decisão judicial.
Nós vamos cumprir a ordem judicial
- Me matar é uma decisão sua.
- O senhor vai. A opção vai ser sua de ir na paz, ir muito bem ou
(inaudível).
Imagens
feitas no momento da transferência do ex-governador, dentro do hospital Souza
Aguiar, mostram que Garotinho reage com chutes, mas é contido por agentes
federais. Ao mesmo tempo, gritam a também ex-governadora Rosinha Garotinho e a
deputada federal Clarissa Garotinho, respectivamente, esposa e filha do
político.
Na manhã
desta sexta-feira, Rosinha e um cardiologista particular levaram medicamentos e
receberam autorização extraordinária para visitar o ex-governador, que também
está sendo acompanhado por um cardiologista da Secretaria de Administração
Penitenciária.
ESTADÃO
conteúdo
Correio
do Povo
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