Presidente da Câmara esteve reunido com Michel
Temer
Câmara votará projeto contra corrupção na terça
sem anistia a caixa 2, assegura Maia
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados /
Divulgação / CP
Após
reunião na noite deste sábado com o presidente Michel Temer, o presidente da
Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que projeto anticorrupção deve
ser votado pelo plenário da Casa na próxima terça-feira, sem a anistia a crimes
eleitorais como o caixa 2.
Na última
quinta-feira, o plenário aprovou, em votação simbólica, a urgência para votar o
texto da comissão especial que analisou as propostas anticorrupção enviadas
pelo Ministério Público Federal ao Congresso. Contudo, com o receio de que uma
anistia ao caixa 2 fosse votada, alguns partidos apresentaram requerimento para
votação nominal e a tramitação da proposta foi suspensa.
Segundo
Maia, está havendo "uma confusão legítima" na sociedade acerca da
possibilidade de anistia ao caixa 2 e outros crimes eleitorais e isso só será
esclarecido quando a Câmara encerrar definitivamente a votação do pacote
anticorrupção.
"[Vamos
votar] com a clareza que nós temos. Estamos passando à sociedade que em nenhum
momento se discutiu anistia. Um dos pontos é a tipificação do caixa 2. Isso vai
ficar claro e a sociedade vai entender que nunca houve, do ponto de vista
majoritário, nenhum encaminhamento para anistiar crimes [eleitorais]. Porque,
quando se trata de anistia, você está tratando de anistiar corrupção ativa,
passiva, peculato e isso nunca entrou nas nossas discussões. O que discutimos
sempre foi o texto de tipificação do caixa 2 [apresentado pelo MPF]",
disse o presidente da Câmara.
De acordo
com ele, o texto de uma emenda que anistiava vários crimes eleitorais - o
documento circulou na Câmara e nas redes socais ao longo da semana - nunca foi
debatido pela direção da Casa. "Vamos organizar a votação das dez medidas
para que esse assunto tenha um fim com a clareza de que ninguém vai votar
nenhum tipo de anistia e que a votação vai abordar aspectos que tratam das dez
medidas que foram aprovadas na comissão especial e precisam ser votadas pelo
plenário", acrescentou.
Articulação política
Convocado
por Temer para uma reunião um dia depois da exoneração do ministro da Secretaria de governo Geddel Vieira
Lima, Maia minimizou a saída do peemedebista da articulação política do
governo. Para ele, a queda de Geddel não vai prejudicar a votação de propostas
de interesse do governo na Câmara.
"O
ex-ministro Geddel deixou a articulação política bem organizada. Tenho certeza
de que vamos ter um belo resultado no Senado e votações na Câmara", disse.
Agência Brasil
Correio do Povo
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