quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Bebê morre no hospital e família registra caso na polícia, em Três Passos


Bebê morre no hospital e família registra caso na polícia, em Três Passos
Mãe diz que houve demora no atendimento, por isso filho morreu. Foto: Arquivo Pessoal

Uma mãe gestou um menino por 9 meses, mas não conseguiu levá-lo vivo para casa na última segunda-feira, 21, em Três Passos. A morte da criança no início da madrugada de terça-feira, 22, no Hospital de Caridade, foi registrada pela mulher na manhã desta quinta-feira, 24, na Delegacia de Polícia.

De acordo com a certidão de óbito, o bebê morreu por insuficiência respiratória, aspiração maciça de mecônio do RN (P24.9) e hipertensão arterial gestacional, mas para a família a causa da morte foi a demora no atendimento. Conforme o exame de ultrassonografia obstetrícia, realizado no hospital em 1º de setembro, o dia 12 de novembro seria a data provável do parto (DPP) e a impressão diagnóstica (ID) apontava o último domingo, 20.

Segundo o boletim de ocorrência, Jéssica Paloma Siqueira Matias, de 20 anos, por volta das 16h de segunda-feira, realizou cesárea no Hospital de Caridade e nasceu Luiz Miguel Matias, mas viveu apenas 7 horas porque, conforme a mãe, a cirurgia foi feita muito tarde. A cesárea estava marcada inicialmente para às 10h de domingo, 20, mas a jovem foi mandada a aguardar até o dia seguinte porque não estava sentindo dor. A mãe pede que o médico seja responsabilizado pelo erro que cometeu. “Na segunda-feira, voltei sentindo dores pelas 8 horas no hospital, me disseram que não tinha médico de plantão, de meio-dia apareceu outro médico que marcou a cirurgia para as 4 horas, disse que eu tinha comido um sanduíche, mas eu disse que não, mas não adiantou”, disse ao Três Passos News.

Jéssica é casada e reside com o marido, de 21 anos, no bairro Dona Vanda. Os dois são pais de uma menina de 2 anos que formaria com Luiz Miguel o casal de filhos da família. “Se não fosse a demora no atendimento, nosso filho poderia estar vivo”, lamentaram os pais que pretendem levar o caso à Justiça.

Contra-ponto

Em contato por telefone com a Associação Hospitalar do Hospital de Caridade, esta optou por ainda não se manifestar sobre o caso.


Fonte: Três Passos News

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