Chefe de polícia disse que falta de
administração da Susepe nas vagas afeta o trabalho da PC
Presos depredaram o micro-ônibus da BM dentro
do pátio interno do Palácio da Polícia
Foto: Fabiano do Amaral
O
episódio de rebelião dos
presos que estavam
encarcerados dentro de um micro-ônibus no estacionamento interno do Palácio da
Polícia, em Porto Alegre, gerou crise entre os integrantes de alguns órgãos da
segurança pública do Estado. O chefe de Polícia Civil, delegado Emerson Wendt,
fez um desabafo no início da tarde de sábado. “A Superintendência dos Serviços
Penitenciários (Susepe) é que tem de administrar o problema dos presos pois não
cabe à Polícia Civil ou à Brigada Militar”, assegurou, observando os riscos dos
policiais em cuidar de presos. “Está afetando as atividades da Polícia Civil”,
acrescentou.
De acordo
com a assessoria de imprensa da Susepe, o órgão trabalha incessantemente para
acabar com a manutenção de presos em viaturas. Neste sábado, seis vagas para
presos foram obtidas pela superintendência, porém, o número de presos aumentam
a cada dia, gerando a dificuldade, conforme a instituição.
O
responsável pelo Comando de Policiamento da Capital da BM, o coronel Mário
Ikeda lamentou o episódio e o problema dos policiais militares ficarem
custodiando presos em viaturas. “Infelizmente, um micro-ônibus foi depredado”,
afirmou, manifestando preocupação com a atual realidade.
Já o
diretor da Divisão Judiciária de Operações da Polícia Civil, delegado Marco
Antônio Duarte de Souza, esteve no local. Segundo ele, uma solução urgente
precisa ser feita diante do agravamento da situação. “A Polícia Civil tem feito
sua parte e tentado absorver o máximo possível de presos”, declarou, lembrando
que a capacidade das celas da 2ª DPPA e da 3ª DPPA estão esgotadas. Os
amotinados serão indiciados agora por danos ao patrimônio público.
Durante a
rebelião, nenhum representante da Secretaria da Segurança Pública ou do Poder
Judiciário apareceu no Palácio da Polícia. Enquanto isso, o micro-ônibus da BM
era depredado em Porto Alegre no mesmo momento em que estavam sendo entregues
quatro viaturas para o programa “Crack, é possível vencer”, em Santa Maria.
Fonte:
Correio do Povo
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