sábado, 19 de novembro de 2016

Porto Alegre: Episódio de rebelião em micro-ônibus gera crise na área de segurança

Chefe de polícia disse que falta de administração da Susepe nas vagas afeta o trabalho da PC

Presos depredaram o micro-ônibus da BM dentro do pátio interno do Palácio da Polícia | Foto: Fabiano do Amaral
   Presos depredaram o micro-ônibus da BM dentro do pátio interno do Palácio da Polícia
   Foto: Fabiano do Amaral

O episódio de rebelião dos presos que estavam encarcerados dentro de um micro-ônibus no estacionamento interno do Palácio da Polícia, em Porto Alegre, gerou crise entre os integrantes de alguns órgãos da segurança pública do Estado. O chefe de Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, fez um desabafo no início da tarde de sábado. “A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) é que tem de administrar o problema dos presos pois não cabe à Polícia Civil ou à Brigada Militar”, assegurou, observando os riscos dos policiais em cuidar de presos. “Está afetando as atividades da Polícia Civil”, acrescentou.


De acordo com a assessoria de imprensa da Susepe, o órgão trabalha incessantemente para acabar com a manutenção de presos em viaturas. Neste sábado, seis vagas para presos foram obtidas pela superintendência, porém, o número de presos aumentam a cada dia, gerando a dificuldade, conforme a instituição.

O responsável pelo Comando de Policiamento da Capital da BM, o coronel Mário Ikeda lamentou o episódio e o problema dos policiais militares ficarem custodiando presos em viaturas. “Infelizmente, um micro-ônibus foi depredado”, afirmou, manifestando preocupação com a atual realidade.

Já o diretor da Divisão Judiciária de Operações da Polícia Civil, delegado Marco Antônio Duarte de Souza, esteve no local. Segundo ele, uma solução urgente precisa ser feita diante do agravamento da situação. “A Polícia Civil tem feito sua parte e tentado absorver o máximo possível de presos”, declarou, lembrando que a capacidade das celas da 2ª DPPA e da 3ª DPPA estão esgotadas. Os amotinados serão indiciados agora por danos ao patrimônio público.

Durante a rebelião, nenhum representante da Secretaria da Segurança Pública ou do Poder Judiciário apareceu no Palácio da Polícia. Enquanto isso, o micro-ônibus da BM era depredado em Porto Alegre no mesmo momento em que estavam sendo entregues quatro viaturas para o programa “Crack, é possível vencer”, em Santa Maria.


Fonte: Correio do Povo

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