Autoridades locais alegaram que denúncia dava
conta de imigrantes ilegais que pretendiam chegar aos EUA
Autoridades locais alegaram que denúncia dava
conta de imigrantes ilegais que pretendiam chegar aos EUA
Foto: Loraina Scottá / Arquivo Pessoal / CP
As férias
de 23 brasileiros que desembarcaram, na quarta-feira, em Nassau, nas Bahamas,
acabou em pesadelo. Todos foram deportados ao Brasil. Apenas um dos que estavam
no voo 196 da Copa Airlines conseguiu ingressar no país caribenho. Ele é amigo
de um funcionário da embaixada brasileira, e portava uma carta-convite de
visita. O grupo ainda foi mandado para o Panamá antes de retornar ao Brasil. A
defensora pública gaúcha Loraina Raquel Scottá foi uma das pessoas que ficaram
mais de 30 horas retidas e, na maior parte do tempo, sem local para realizar
hábitos de higiene e dormir.
O marido
da defensora pública, Cristiano Cavalca, contou que a esposa viajou acompanhada
da mãe. Segundo ele, as autoridades locais alegaram que uma denúncia anônima
dava conta de que um grupo de imigrantes ilegais com intenção de fazer ingresso
nos Estados Unidos, via Bahamas, estaria no voo da 196. “Elas estavam de posse
de seus passaportes, vouchers, cartões de créditos, certificados de vacinação
da ANVISA e tudo que fosse necessário para comprovação de que estariam no país
apenas para turismo”, relatou Cavalca. De acordo com ele, a defensora pública
ainda relatou que as autoridades das Bahamas não dialogavam e nem apresentaram
justificativas para a detenção.
“Minha
esposa e sogra sofreram humilhações, maus tratos, tiveram seus passaporte
retidos e ambas foram novamente enviadas em um voo para a Cidade do Panamá”,
criticou. Elas embarcaram para o Caribe no início da madrugada do dia 2. A
agência onde foram comprados os pacotes de viagens foi acionada pelo marido.
Entretanto, conforme ele, ninguém da empresa esteve no local onde o grupo foi
detido e nem entrou em contato.
Em nota,
A Defensoria Pública do Estado afirma que acionou o escritório de representação
do Ministério das Relações Exteriores no Brasil e a Divisão de Assistência
Consular do Itamaraty, para intervenção e tomada de providências
Marco Aurélio Ruas
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário