Presidente
do Senado afirmou que mineiro expressava indignação ao falar de Delcídio
Em nota, Renan diz que suas opiniões são
públicas e se desculpa com Aécio
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil / CP Memória
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), publicou uma nota nesta
quarta-feira em que diz que o teor da conversa que teve com o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado é público e já foi dito outras vezes a jornais.
"As opiniões do senador, sempre, foram publicamente noticiadas pelos
veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara dos
Deputados, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo,
agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras,
todas foram, fartamente, veiculadas", diz a nota.
No texto,
a assessoria diz que Renan recebe todos aqueles que o procuram para conversar e
que defende nos diálogos seus pontos de vista, porém, todos "evidentemente
dentro da Lei e da Constituição". Renan também se desculpou com o
presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), e diz ter se expressado
"inadequadamente".
No
diálogo revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, Renan diz que todos os políticos
estão "com medo" da Lava Jato e cita particularmente Aécio, dizendo
que o tucano pediu que ele verificasse se ainda havia mais alguma informação da
delação que o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido - MS) fez citando o
seu nome. Na nota, Renan diz que o senador mineiro expressava "indignação,
e não medo" com a citação do ex-senador Delcídio.
Por fim,
Renan defende que o teor da conversa não sugere qualquer intervenção na
operação Lava Jato. "E não seria o caso, porque nada vai interferir nas
investigações". Renan não menciona na nota partes do diálogo nas quais se
refere à presidente afastada Dilma Rousseff.
ESTADÃO
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Correio
do Povo
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