segunda-feira, 23 de maio de 2016

Audiência da CPI da Funai é cancelada após tumulto



A audiência pública da CPI que investiga irregularidades na Funai e no Incra foi cancelada por falta de segurança. Manifestantes vinculados a grupos indígenas e quilombolas ocuparam o palco do teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, antes mesmo de a sessão começar. O encontro estava marcado para às 13h desta segunda-feira. 

O presidente da CPI, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), ainda tentou levar a reunião para o Plenarinho, mas a sessão foi cancelada por orientação da equipe de segurança após agressão ao deputado estadual Elton Weber (PSB), que teve o terno rasgado. “Nós vamos identificar essas pessoas e eles serão responsabilizados criminalmente”, explicou Moreira. 

Impedir acesso a uma CPI é crime segundo a Lei Federal1579/52. Art. 4º. Constitui crime: "I - Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros.”

O deputado estadual Vilmar Zanchin (PMDB), responsável por trazer a CPI ao Rio Grande do Sul, lamentou a perda de uma tarde de trabalho que poderia ter sido produtiva a todos. “Essa era uma reunião oficial de uma comissão da Câmara dos Deputados, não um palanque político. Todos seriam ouvidos, inclusive índios e quilombolas, e isso estava claro na pauta da reunião. Uma pena”, disse Zanchin, que também é presidente da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Demarcação de Áreas Indígenas na Assembleia. 

Segundo roteiro elaborado pela equipe da CPI, havia a previsão de manifestação de representantes de grupo indígenas, quilombolas e de agricultores. 

Até o momento, a CPI apurou que há indícios de fraudes na demarcação de terras indígenas no Norte do Rio Grande do Sul, onde há cerca de 50 mil hectares em disputa. 

Texto: Geórgia Santos/Assessoria deputado Zanchin
Foto: Juarez Junior – ALRS


Fonte: Jornalismo Vang FM/JM

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