terça-feira, 4 de agosto de 2015

Sartori anuncia grupo de trabalho conjunto com outros poderes

Após longa reunião, governador pediu “calma e tranquilidade” à população

Após mais de três horas de atraso, governador falou por cerca de oito minutos | Foto: Fabiano do Amaral
   Após mais de três horas de atraso, governador falou por cerca de oito minutos | Foto: Fabiano do Amaral

Um novo esforço entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para tentar resolver a crise financeira no Rio Grande do Sul será realizado a partir de agora, conforme anunciou o governador José Ivo Sartori, na noite desta segunda-feira. Sem especificar detalhes deste comitê, tampouco confirmar ou negar se haverá novamente parcelamento de salários, Sartori falou à imprensa por cerca de sete minutos após um atraso de 3h30 em seu pronunciamento. 

O governador destacou o trabalho em conjunto realizado por integrantes dos três poderes, mas não citou datas ou atribuições. “Não podemos adentrar na vida dos outros poderes. Cada poder tem sua legitimidade. E esse papel nós respeitamos”, disse. “Vamos trabalhar conjuntamente, com um grupo técnico, com dois representantes de cada órgão e cada poder para justamente olhar toda a realidade financeira do Rio Grande do Sul para trabalhar para encontrar as saídas”, anunciou. 

Conforme um dos participantes do encontro, apesar de todos os poderes aceitarem a conclusão sobre a situação precária das finanças estaduais, as divergências foram numerosas. Sem concordâncias para ações efetivas sobre as pautas debatidas, a única definição foi pela criação do comitê que terá dois membros de cada entidade representada. De acordo com Sartori, no encontro foi detalhada a crise financeira do Estado. “Levamos este tempo todo e mostramos os números.”

Quanto à possibilidade de uma greve geral no próximo dia 18, o governador pediu calma e tranquilidade. “Acredito que todo mundo vai pensar e olhar para o bem do Rio Grande”, tergiversou. 

Mesmo falando pela primeira vez nesta segunda-feira, dia marcado pelas paralisações no Estado, o governador evitou tecer longos comentários: “As manifestações são democráticas. Todos nós respeitamos. Apenas queremos dizer para que todos olhem. Nós fizemos esforço desde o primeiro dia de governo para mostrar esta realidade. Em todas as horas procuramos pagar em dia. Desta vez não foi possível. E não foi possível porque a realidade financeira não permite”, afirmou.


Fonte: Correio do Povo

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