Familiares e pessoas próximas à professora da UFPel, sumida
há 60 dias, seriam as principais suspeitas
Cartaz com foto do rosto de Cláudia Hartleben anuncia
desaparecimento da professora; promotor responsável
pelo caso admitiu pela
primeira vez nesta segunda-feira
que ela pode ter sido assassinada (Foto:
Divulgação DP)
Após 60 dias do desaparecimento da professora da Universidade
Federal de Pelotas (UFPel), Cláudia Hartleben, o
Ministério Público (MP) admitiu nesta segunda-feira (8) que trabalha com a
hipótese de que ela tenha sido assassinada. A suspeita recai sobre familiares
ou pessoas próximas de Cláudia.
Segundo o promotor
responsável pelo caso, Guilherme Kratz, o MP aponta para a possibilidade de
homicídio na medida em que não há sinais de arrombamento na casa onde Cláudia
morava com o filho e nem pistas de que ela tenha sofrido sequestro ou esteja em
cárcere privado.
Kratz confirmou ainda
que pediu mais detalhes das quebras do sigilo telefônico e fiscal da professora
e de familiares após o inquérito ter sido remetido à Justiça semana passada.
E-mail, celular, redes sociais e o notebook também foram rastreados e mais de
30 pessoas já prestaram depoimento.
Além disso, o MP cobrou
mais agilidade do Instituto Geral de Perícia (IGP) no resultado das perícias
feitas no carro de pessoas ligadas a Cláudia e na residência onde ela morava.
Até o momento, nenhum suspeito foi indiciado. No entanto, o promotor confirma
que supostos envolvidos no caso possam ser indiciados mesmo sem a prova mais
importante: o corpo - situação na qual se caracteriza como laudo pericial
indireto, quando provas circunstanciais são usadas para a conclusão do
inquérito.
Sem prazo para o fim das
investigações, a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos continua em busca de
Cláudia. Segundo o delegado Félix Rafanhim, a polícia já analisou mais de 85
horas de gravações de cinco câmeras de segurança que capturam imagens do
entorno da casa de Cláudia, na avenida Fernando Osório, Zona Norte de Pelotas.
Rafanhim disse que as imagens foram úteis na investigação, mas não informou o
conteúdo desse material.
Até
agora cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos no âmbito do Caso
Cláudia: quatro em Pelotas e um na zona rural de Piratini.
Em todos eles não há vestígio de sangue, cabelos ou roupas da professora.
Cláudia Hartleben está
sumida desde às 23h do dia 9 de abril, quando fez o último contato com a
família. Até aqui ninguém mais teve notícias sobre seu paradeiro. Familiares e
amigos oferecem recompensa de R$ 10 mil a quem contribuir com informações à
Polícia Civil.
Por: Giulliane Viêgas
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