Plantação já superou o problema da
lagarta, e agora enfrenta a resistência de mais uma praga
Percevejo tem se mostrado resistente
a aplicação dos defensivos usuais
Foto: Áureo Lantmann/especialNo município de Farol, ao norte do Paraná, o projeto Soja Brasil se deparou com uma lavoura que se desenvolve em ótimas condições, graças às chuvas regulares. A expectativa do dono da propriedade é uma produção de até 65 sacas por hectare, superando a colheita passada. Embora a plantação já tenha sofrido com o ataque da lagarta helicoverpa, o problema foi controlado e esta já não é a maior preocupação: o desafio agora são os percevejos.
A praga tem se mostrado resistente a aplicação dos defensivos usuais e
passa a ser uma incerteza para a safra 2013/2014. Para o presidente da Aprosoja
Paraná, José Eduardo Sismeiro, o problema se deve tanto aos produtos
ineficientes quanto ao aumento da população de percevejos. Sobre o assunto, ele
faz duas recomendações:
– Uma está nas mãos dos produtores e é fácil de se fazer, que é a volta
ao campo, usar o pano de batida, só entrar quando realmente precisar a gente te
indicação da Embrapa, dos técnicos que nos assistem dizendo o número de
lagartas ou de percevejos que a gente tem que entrar com esses elementos. A
segunda, infelizmente, não está na mão do produtor. Está na mão do governo, que
seria a liberação de novas moléculas. Isso, não só de inseticidas. O que nos
ajudaria no controle do percevejo e até dessa lagarta que está nos preocupando
tanto.
Sismeiro diz que é importante pensar em novas moléculas também de
fungicidas, que hoje estão sendo usados repetidamente – o que diminui as
ferramentas dos produtores. O presidente da Aprosoja conta que no Paraná há um
problema sério com os herbicidas, em função da resistência do capim amargoso ao
glifosato.
Sobre as perspectivas para a lavoura visitada pelo Soja Brasil, José
Sismeiro diz que o percevejo ameaça reduzir, em média, 20% da produtividade
prevista pelo dono da propriedade.
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