Médicos do hospital em que o heptacampeão está
internado na França afirmam que, se não fosse o capacete, o alemão não teria
resistido ao acidente de esqui
Coletiva de imprensa tem
presença de veículos de comunicação de todo o mundo (Foto: AFP)
Internado
neste domingo após sofrer um grave acidente de esqui em Méribel, na
França, Michael Schumacher segue
em estado extremamente crítico. Na manhã desta segunda-feira (horário de
Brasília), médicos e um porta-voz do Centro Hospitalar Universitário de
Grénoble, no qual o heptacampeão mundial da Fórmula 1 está internado,
concederam entrevista coletiva para esclarecer o quadro do ex-piloto. Após
negarem a realização de uma segunda cirurgia, noticiada pela imprensa
internacional, os especialistas revelaram que o alemão será mantido em coma
induzido.
- Ele
chegou ao hospital em coma, com um grave traumatismo, hematomas intracraniais e
um edema difuso. Nós tivemos que operar com urgência para liberar a pressão em
sua cabeça. Infelizmente, ele tem algumas lesões no cérebro. Eu diria que este
acidente aconteceu no lugar certo porque ele foi levado para o hospital
imediatamente e operado logo que chegou. Ele está mantido em estado de coma
artificial, com hipotermia, para manter sua temperatura em torno de 34 graus.
Sua condição é crítica. Reanimamos o paciente, mas seu estado é muito grave.
Estamos fazendo o possível para melhorar seu prognóstico. No momento, não
podemos nos pronunciar sobre seu futuro. Podemos dizer que ele está
lutando por sua vida. Estamos trabalhando hora a hora, mas é muito cedo para
dizer o que vai acontecer e ter um prognóstico. Achamos que o capacete ajudou.
Sem o capacete, ele não estaria aqui agora – disse o chefe anestesista, o professor
Jean-Francois Payen.
O médico Stéphane Charbardes, no entanto, lembra que a proteção
na cabeça não impediu que o alemão sofresse traumas graves. Ele afirmou que
todas as atualizações sobre o estado de saúde do ilustre paciente estão sendo
diretamente repassadas à família. A esposa de Schumacher, Corinna, está no
hospital com os dois filhos do casal (Gina-Marie, de 16 anos, e Mick, de 14) e
também tem a companhia no Dr. Gérard Saillant, amigo da família e especialista
em lesões de cabeça e coluna.
- O capacete não foi o suficiente para protegê-lo completamente.
Mas ele realmente ajudou. Vemos muitos ferimentos na cabeça como este. Estamos
em contato constante com sua família. Neste momento, não vemos que ele precisa
de uma segunda operação - disse Charbardes, que evitou comentar qualquer
possibilidade de sequela.
Estação de Esqui Méribel, na
França, onde Schumacher se acidentou (Foto: AFP)
Recordista de títulos mundiais da principal categoria do
automobilismo mundial, Schumacher teve um trauma grave ao bater a cabeça em uma
pedra enquanto esquiava. Ele foi levado de helicóptero ao hospital Moutier, a
17km do local, menos de dez minutos após a queda. Logo depois, foi removido a
outro hospital, em Grenoble. De acordo com a RMC, o heptacampeão foi socorrido
consciente. Méribel, nos Alpes Franceses (sudeste do País), comporta mais de 70
pistas de esqui e recebeu em fevereiro de 2013 uma etapa da Copa do Mundo de
Esqui Alpino. O local do acidente fica a 1.450m de altitude, subindo até 2.952m
em seu ponto mais alto, onde se liga com a região de Les Trois Vallées.
Em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa de Schumi, o
ex-piloto de 44 anos chegou ao hospital com "traumatismo craniano grave,
em coma, o que exigiu intervenção neurocirúrgica imediatamente". Jean
Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e Ross
Brawn, com quem o piloto trabalhou na Benetton, na Ferrari e na Mercedes,
também estiveram no hospital para prestar solidariedade à família.
Inforgráfico - local do
acidente de esqui sofrido por Schumacher (Foto: arte esporte)
Por GloboEsporte.com | Grenoble,
França
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