domingo, 24 de junho de 2012

Mercosul suspende participação do Paraguai em conferência

Comunicado da chancelaria argentina critica quebra da ordem democrática no país vizinho



     Comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores argentino em nome dos estados participantes e associados do Mercosul neste domingo anuncia a suspensão do Paraguai na conferência de presidentes que será realizada em Mendoza a partir desta segunda-feira. A medida se deve à destituição do presidente Fernando Lugo pelo Congresso, na última sexta.

     Por meio da nota, Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru criticam "energicamente a ruptura da ordem democrática" no país vizinho. Representantes do Paraguai estão suspensos também das reuniões preparatórias para a conferência. 

     A nota acrescenta que, na ocasião, os países do Mercosul discutirão outras medidas a serem adotadas contra o Paraguai.

América do Sul condena Paraguai

     O impeachment de Fernando Lugo, votado na quinta pela Câmara e na sexta pelo Senado paraguaio, provocou a ira de parte da população e também de alguns países vizinhos. O Equador afirmou ainda na sexta-feira que não reconhece o substituto de Lugo, Federico Franco. A presidente argentina, Cristina Kirchner, classificou o ato como um golpe de Estado e no sábado retirou o seu embaixador do país, assim como o Chile. Neste domingo, Hugo Chávez anunciou a interrupção do envio de petróleo da Venezuela ao Paraguai.

     O Brasil informou, por meio de seu Ministério de Relação Exteriores, que não interferiria em questões soberanas do estado vizinho. Porém, ainda não reconheceu oficialmente o governo Franco, como pede a comunidade brasileira que vive no Paraguai. E assina, junto com os demais membros do Mercosul, a suspensão do Paraguai do bloco. 

     Além disso, na última sexta, antes da votação no Senado, a presidente Dilma Rousseff previa a possibilidade de sanções ao Paraguai em caso de confirmação do impeachment.

 Veja o arquivo: Confira o comunicado

Fonte: Correio do Povo

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