Advogado marauense
foi ouvido na Polícia Federal de Porto Alegre
Foto: Márcio Frozza
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão de documentos e
bens em Marau, no início da manhã desta quarta-feira, 15/04. Na cidade, três
viaturas e mais de dez agentes realizaram as diligências - na residência de um
advogado, localizada na Rua Padres Capuchinhos, e em um escritório, localizado
na Rua Darwin Marin. Um advogado da OAB acompanhou a ação.
A operação investiga crimes contra o sistema financeiro. Os mandados de
busca e apreensão foram cumpridos por agentes da Delefin – Delegacia de Combate
a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos de Porto Alegre. Alguns
policiais da Delegacia da Polícia Federal de Passo Fundo também atuaram na
ação.
Na Capital, a PF apreendeu três veículos: um Porsche Boxter S, um Audi A5
e um Lexus LS460L. Em Marau, dois carros também foram apreendidos – um Range
Rover e um Mini Cooper.
A operação, denominada Pavlova, também cumpriu oito mandados de busca e
apreensão e cinco de condução coercitiva em Porto Alegre - para quatro
empresários e para o advogado marauense, além dos dois de busca e apreensão em
Marau - residência e escritório. Conforme nota enviada pela PF, os crimes
investigados envolvem fraude contra instituições financeiras.
Na nota, o setor de comunicação da Polícia Federal confirmou, para Rádio
Alvorada, que a Operação Pavlova investiga a gestão fraudulenta de instituições
financeiras sediadas no estado, desvio de recursos dessas companhias em
benefício dos próprios dirigentes e lavagem de dinheiro, além do crime de
formação de quadrilha ou bando. Participaram da operação 60 policiais federais.
O nome Pavlova faz alusão à bailarina russa Anna Pavlova, pois uma pessoa que
figurou na investigação, é bailarina.
As práticas criminosas investigadas, segundo a PF, ocorrem desde 2011 e
lesaram instituições financeiras que atuam nos mercados de seguros, previdência
e capitalização. Ainda conforme a nota, por onde os investigados passaram, as
empresas sofreram processo de liquidação extrajudicial. Os suspeitos, segundo a
Polícia Federal, responderão por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de
dinheiro, entre outros.
À tarde, o delegado que coordenou a Operação Pavlova confirmou que os
quatro empresários e o advogado prestaram depoimento na Polícia Federal de
Porto Alegre. Em coletiva de imprensa, a PF informou que são duas empresas
envolvidas. Ambas atuam no mercado de seguros, sendo que uma delas já está sob
intervenção extrajudicial. Os beneficiários das fraudes seriam os próprios
dirigentes destas empresas. O delegado citou a existência de empresas laranjas.
O processo segue em segredo de justiça. A PF não revelou nomes.
Guilherme
de Abreu e Ana Lúcia Jacomini
Fonte:
Rádio Alvorada 1360 AM | Marau
(atualizado em
15/04/2015 às 16:26)
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