Despesas com aluguel de veículos foram as que mais pesaram.
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Mais de R$ 10
milhões. Este foi o valor gasto pelos deputados federais gaúchos em 2012. As
despesas incluem desde manutenção de escritório na cidade de origem até
passagens aéreas e despesas com locação de carros. Em ano eleitoral, os gastos
aumentaram quase R$ 1,5 milhão na comparação com 2011, de acordo com levantamento
do Grupo RBS.
Os 31 deputados e
três suplentes que exerceram mandato em 2012 gastaram exatamente R$
10.148.324,08, conforme o levantamento. A quantia representa um acréscimo de R$
1.448.324,08 em relação ao que foi gasto em 2011, o equivalente a 16% de
aumento.
A soma corresponde às
despesas com a cota para exercício da atividade parlamentar – dinheiro a que
cada um tem direito para passagens aéreas, aluguel de veículos, combustíveis,
manutenção de escritório nas bases eleitorais, alimentação, hospedagem, telefone,
correio, divulgação e consultoria.
No topo da lista dos
que mais gastam está o deputado Darcísio Perondi, do PMDB, com despesas que
somam R$ 367.662,11. Quase um terço desse valor, R$ 113 mil, foi para locação
de carros.
É justamente a
despesa com aluguel de carros uma das que mais pesou. Para pagar a locação de
veículos para os 34 parlamentares e suplentes, a Câmara desembolsou R$
1.537.699. Dinheiro suficiente para comprar 61 carros populares do modelo mais
vendido do mercado.
Já nos gastos com
passagem aérea, o campeão foi o deputado Paulo Ferreira, do PT: R$ 95.837,99,
mesmo tendo assumido o mandato em março, quando Pepe Vargas deixou a Câmara
para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Em consultoria o
maior valor é de R$ 113.075,00, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM), quase o dobro
do segundo colocado. O deputado Enio Bacci (PDT) foi o que mais gastou com
divulgação: R$ 156.640,00. Boa parte desse valor foi usado para pagar gráficas.
Na prestação de
contas de Sérgio Moraes (PTB), chama atenção as despesas com combustíveis: R$
54 mil. Tudo pago a um único posto em Santa Cruz do Sul, na Região Central do
estado, e justificado com notas mensais de R$ 4,5 mil.
O especialista em
finanças públicas Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UNB),
destaca o aumento dos gastos em período eleitoral. “O aumento foi
significativo. E uma das hipóteses é de que, em anos eleitorais, de dois em
dois anos, há um aumento do nível de despesas em função do aumento dos gastos
com deslocamento, passagens aéreas, aluguel de veículos, divulgação”, diz.
Os deputados não
quiseram gravar entrevista, mas se manifestaram por telefone. Darcísio Perondi
justificou o aluguel de carros alegando não possuir veículo no estado. Em
Brasília, ele usa o carro próprio. Paulo Ferreira explica que, como assumiu o
mandato um ano e dois meses após os colegas, precisa viajar mais para prestar
contas aos eleitores.
Já Onyx Lorenzoni
disse que o gasto com três consultorias está dentro da cota e é essencial para
o mandato dele. Enio Bacci afirmou que após fechar os escritórios aqui no
estado priorizou as despesas com divulgação. Por fim, Segundo Sérgio Moraes, as
despesas com combustíveis são condizentes com os mais de 150 municípios que
visita periodicamente.
Fonte:
Do G1 RS
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