Autor do ataque foi morto a tiros e o perímetro
foi isolado
Ao menos quatro policiais foram mortos
esfaqueados nesta quinta-feira dentro da sede da polícia de Paris, agredidos
por um funcionário que depois foi morto por agentes. Os investigadores
privilegiam a pista de um conflito pessoal, segundo as autoridades.
O agressor, morto no hall de entrada da sede da
polícia, trabalhava na Diretoria de Inteligência. O crime ocorreu no início da
tarde, no centro histórico da capital, perto da Catedral de Notre-Dame. O
ministro do Interior, Christophe Castaner, que deveria visitar a Turquia, adiou
sua visita e foi ao local. O primeiro-ministro, Edouard Philippe, juntou-se a
ele.
Durante a manhã, uma mensagem de alerta foi
transmitida nos altos-falantes do palácio da justiça de Paris, localizado em
frente à sede da polícia. "Um ataque ocorreu na sede da polícia, a
situação está sob controle, o setor permanece sob vigilância", alertou a
mensagem. Esse ataque ocorre no dia seguinte ao protesto de milhares de
policiais em Paris, uma mobilização sem precedentes em quase 20 anos, em meio à
inquietação da instituição com o aumento de suicídios e reforma previdenciária.
Segundo organizações sindicais, 26 mil pessoas
participaram dessa mobilização. Existem quase 150 mil policiais na França. Se
as motivações do agressor seguem desconhecidas nesse estágio, a polícia
continua a ser alvo recorrente de organizações jihadistas, incluindo o Estado
Islâmico (EI).
Por AFP
Correio do Povo
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