Ministro do Turismo foi indiciado nesta
sexta-feira pela PF
O presidente Jair Bolsonaro pretende manter no
cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado
nesta sexta-feira pela Polícia
Federal por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas-laranja nas
eleições de 2018. Na ocasião, Marcelo Álvaro presidia o PSL em Minas. "O
presidente da República aguardará o desenrolar do processo. O ministro
permanece no cargo", disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros,
ao ser questionado pelo Estadão/Broadcast.
Desde o início das investigações sobre a atuação
de Marcelo Álvaro e de seus assessores, Bolsonaro indicou que aguardaria a
apuração da PF para definir o futuro do ministro. Nos últimos dias, o
presidente tomou posição semelhante para justificar a permanência no posto do
líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que foi alvo de mandados
de busca e apreensão da PF em setembro. Bolsonaro tem dito que é preciso ter algo
"mais concreto" contra Bezerra e que ele tem feito um bom trabalho
junto aos parlamentares.
Outro argumento repetido no Palácio do Palácio é
de que o caso envolvendo Bezerra diz respeito ao passado e não está relacionado
à atuação dele como líder do governo. O mesmo se aplica a Álvaro Antônio - que
responde por irregularidades relacionadas à campanha eleitoral.
Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que
Álvaro Antônio ainda não foi notificado sobre o indiciamento, mas
"reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a
verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada".
"Assim como vem declarando desde o início da
investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o
ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral
de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o
ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência", diz o
ministério.
Por AE
Correio
do Povo
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