Procurador garantiu que resultado das
eleições deve ser repeitado (Foto: Jonas Martins)
O promotor de justiça do Ministério Público Federal de Novo Hamburgo,
responsável pela Terra Indígena do Guarita, Bruno Alexandre Gutschöw, concedeu
entrevista na manhã de hoje ao programa Estação Província onde falou sobre a
disputa de poder instaurada na Terra Indígena do Guarita entre o cacique
Carlinho Alfaiate e o vice Cacique Vanderlei Ribeiro.
Segundo o promotor, o MPF, não reconhece como legal qualquer movimento
que tente derrubar Carlinhos Alfaiate. Ele reiterou que as eleições ocorridas
em 2017, foram realizadas com lisura e com a fiscalização do MPF e que
Carlinhos foi eleito para cumprir mandato até 2022 e o órgão acredita que assim
deve ser.
Indo além, o promotor disse que o movimento encabeçado por Vanderlei
Ribeiro é ilegal e que as pessoas que operam com ele estão também agindo na
ilegalidade, uma vez que não há nenhuma razão que justifique a atitude de
tentativa de golpe do vice cacique.
Falando diretamente a comunidade indígena, o promotor pediu para que
indígenas apoiem o cacique Carlinho Alfaiate e não compactuem com esse ou
qualquer movimento que tente tomar o comando da comunidade sem que sejam pelas
via democráticas.
No sábado, 28 de setembro, o vice Cacique Vanderlei Ribeiro,
Vandinho, procurou o departamento de jornalismo do Sistema Província com uma
documentação, supostamente, protocolada no Ministério Público Federal e na
Polícia Federal onde dizia que ele teria destituído o cacique Carlinho Alfaiate
e era então o novo líder governamental da Terra Indígena do Guarita.
Em entrevista ao programa Tribuna Popular, Vandinho afirmou que o grupo
liderado por Carlinhos Alfaiate estavam trabalhando contra a comunidade e que a
sua decisão, de tomar o cacicado para si, se dava em virtude de que ele como
cacique nunca era ouvido e a comunidade trazia as reclamações para ele e ele
não podia resolver.
No mesmo dia, através de uma nota paga, ele afirmava que a partir daquele
momento todos os assuntos relacionados a saúde, educação e agricultura deveriam
ser tratados e acertados com ele.
No mesmo dia Alfaiate conversou com nossa reportagem dizendo que a
história montada pelo seu então vice não tinha cabimento e era absolutamente
ilegal.
Na segunda-feira seguinte, em entrevista em Revista 100,7, Alfaiate
reforçou a sua posição e disse que seguia como cacique e que nada tinha mudado
e comentou ainda que a posição de Vandinho era motivada por um afastamento,
ordenado pelo cacique, de uma pessoa ligada a Vandinho que vinha cometendo
erros dentro da liderança.
Depois através de notas pagas, os dois grupos trocaram diversas
acusações sendo que cada um deles se intitulava como mandatário da Terra
Indígena do Guarita.
Após receber os dois grupos o MPF reiterou o respeito ao resultado das
eleições.
Fonte: Jornal Província
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