sexta-feira, 11 de outubro de 2019

MPF reconhece cacicado de Carlinhos Alfaiate


Procurador garantiu que resultado das eleições deve ser repeitado (Foto: Jonas Martins)

O promotor de justiça do Ministério Público Federal de Novo Hamburgo, responsável pela Terra Indígena do Guarita, Bruno Alexandre Gutschöw, concedeu entrevista na manhã de hoje ao programa Estação Província onde falou sobre a disputa de poder instaurada na Terra Indígena do Guarita entre o cacique Carlinho Alfaiate e o vice Cacique Vanderlei Ribeiro.

Segundo o promotor, o MPF, não reconhece como legal qualquer movimento que tente derrubar Carlinhos Alfaiate. Ele reiterou que as eleições ocorridas em 2017, foram realizadas com lisura e com a fiscalização do MPF e que Carlinhos foi eleito para cumprir mandato até 2022 e o órgão acredita que assim deve ser.

Indo além, o promotor disse que o movimento encabeçado por Vanderlei Ribeiro é ilegal e que as pessoas que operam com ele estão também agindo na ilegalidade, uma vez que não há nenhuma razão que justifique a atitude de tentativa de golpe do vice cacique.

Falando diretamente a comunidade indígena, o promotor pediu para que indígenas apoiem o cacique Carlinho Alfaiate e não compactuem com esse ou qualquer movimento que tente tomar o comando da comunidade sem que sejam pelas via democráticas.

No  sábado, 28 de setembro, o vice Cacique Vanderlei Ribeiro, Vandinho, procurou o departamento de jornalismo do Sistema Província com uma documentação, supostamente, protocolada no Ministério Público Federal e na Polícia Federal onde dizia que ele teria destituído o cacique Carlinho Alfaiate e era então o novo líder governamental da Terra Indígena do Guarita.

Em entrevista ao programa Tribuna Popular, Vandinho afirmou que o grupo liderado por Carlinhos Alfaiate estavam trabalhando contra a comunidade e que a sua decisão, de tomar o cacicado para si, se dava em virtude de que ele como cacique nunca era ouvido e a comunidade trazia as reclamações para ele e ele não podia resolver.

No mesmo dia, através de uma nota paga, ele afirmava que a partir daquele momento todos os assuntos relacionados a saúde, educação e agricultura deveriam ser tratados e acertados com ele.

No mesmo dia Alfaiate conversou com nossa reportagem dizendo que a história montada pelo seu então vice não tinha cabimento e era absolutamente ilegal. 

Na segunda-feira seguinte, em entrevista em Revista 100,7, Alfaiate reforçou a sua posição e disse que seguia como cacique e que nada tinha mudado e comentou ainda que a posição de Vandinho era motivada por um afastamento, ordenado pelo cacique, de uma pessoa ligada a Vandinho que vinha cometendo erros dentro da liderança.

Depois através de notas pagas, os dois grupos trocaram diversas acusações sendo que cada um deles se intitulava como mandatário da Terra Indígena do Guarita.

Após receber os dois grupos o MPF reiterou o respeito ao resultado das eleições.


Fonte: Jornal Província

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