Procedimento consiste na
colocação de um cateter através da veia femoral, localizada na perna
Por meio de ação aplicada pela defensora pública e diretora regional da
Defensoria Pública Regional de Tenente Portela, Camila Mollerke Santos, Lauren
Reisderfer, de 16 anos, foi submetida a um procedimento operatório inédito no
Brasil, que consiste na colocação de um cateter através da veia femoral,
localizada na perna, sem necessidade de abrir o tórax da paciente, considerado
um método menos invasivo, sem cortes e com baixo risco cirúrgico. O
procedimento foi realizado no início de setembro, no Hospital São Francisco da
Santa Casa de Porto Alegre.
Camila Mollerke Santos ressaltou que trabalhar com a saúde é angustiante
devido à escassez de tempo nestes casos. – Nos casos de ações judiciais temos
sempre que pensar na melhor estratégia desde o ajuizamento para que o êxito
venha e rápido, pois o bem da vida não pode esperar. No caso em foco é preciso
ressaltar que além do trabalho da Defensoria Pública, tivemos uma Justiça
rápida sob os olhos do Judiciário local que é sempre atento às necessidades do
povo e atua de forma prudente e veloz. Com o auxílio e orientação ágil do
Núcleo de Defesa da Saúde (NUDS) e colaboração de toda nossa equipe de
estagiárias obtivemos sucesso no cumprimento, ainda em tempo, da liminar. Sem
dúvida é muito gratificante – afirmou a defensora.
O caso:
Lauren Reisderfer sofreu as primeiras paradas cardíacas com apenas cinco
meses de vida e, desde então, de forma recorrente, visita hospitais para
realizar exames e cirurgias. Ela sofre de cardiopatia congênita, ou seja, uma
anormalidade na estrutura e função de seu sistema cardíaco. Aos nove anos de
idade necessitou de um implante de válvula pulmonar, porém, três anos depois,
precisou substituir a válvula que apresentou problemas devido a calcificações
no local.
Aos 15 anos de idade, a válvula pulmonar novamente apresentou problemas,
fazendo com que a mãe da menina corresse contra o tempo atrás de recursos para
realizar os exames e a nova cirurgia. No ano seguinte, por meio do trabalho da
Defensoria Pública Regional de Tenente Portela, a adolescente pôde realizar a
cirurgia inovadora que possibilitou rápida recuperação. A portelense recebeu
alta do hospital em apenas sete dias.
Fonte: Defensoria Pública
do Rio Grande do Sul
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Província
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